Ambulante admite tráfico e alega que foi por causa da quarentena em Peruíbe

Na residência do indivíduo foi localizado 1,4 quilo de maconha, balança digital e materiais destinados ao embalo da droga em porções individuais

Por: Eduardo Veloso Fuccia  -  07/05/20  -  22:26
Atualizado em 07/05/20 - 22:54
Ambulante admite tráfico e alega que foi por causa da quarentena em Peruíbe
Ambulante admite tráfico e alega que foi por causa da quarentena em Peruíbe   Foto: Divulgação/Polícia Civil

Sem trabalhar com o seu carrinho de lanches desde o início da quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus, conforme alegou, Roger Patucci Ribas, de 33 anos, o Chapinha, começou a vender maconha e foi preso em flagrante, na quarta-feira, por policiais da Delegacia de Peruíbe. Investigadores checam informações de que o acusado atendia por delivery boa parte da clientela, que seria das classes média e alta.


Na residência do acusado, situada no bairro Stella Maris, os investigadores Anderson Lomenzo, Vinicius Pane, Roberto Pinheiro e Adalberto Ribeiro apreenderam 1,4 quilo de maconha, balança digital e materiais destinados ao embalo da droga em porções individuais. Momentos antes, eles detiveram um usuário que se dirigiu à casa para adquirir um cigarro e uma pequena porção da erva, pagando R$ 5,00.


O imóvel já era vigiado pelos policiais quando ali chegou o viciado dirigindo um carro. Porém, a sua abordagem só aconteceu após ele retornar ao automóvel e se distanciar do local. Diante da constatação de que o usuário acabara de comprar entorpecente na moradia do suspeito de tráfico, os investigadores retornaram à residência de Chapinha, encontraram grande quantidade de maconha e o prenderam.


Na presença de advogado, o ambulante confessou o crime e disse estar arrependido. Justificou que apenas começou a comercializar maconha porque precisava sustentar a sua família. Sem revelar nome, informou que encomendou por telefone, de uma pessoa moradora em Santos, a droga apreendida em sua casa. O delegado Arilson Veras Brandão autuou Chapinha em flagrante por tráfico e determinou a sua remoção à cadeia.


Outra providência de Brandão foi a de requerer à Justiça a quebra do sigilo de dados do smarphone do acusado. Diante da confissão do ambulante e da suspeita de que ele traficava pelo sistema delivery, o aparelho pode conter informações que identifiquem o fornecedor do entorpecente e os potenciais clientes do autuado. O viciado detido foi liberado após a elaboração de termo circunstanciado (TC) de porte de droga.


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