Advogada revela desespero durante tiros em show do Matuê em Santos: "Achei que ia morrer"; VÍDEOS
Um homem de 39 anos foi baleado durante a apresentação do músico na madrugada deste domingo (8)
Atualizado em 09/05/22 - 07:31
Uma advogada registrou os momentos que antecederamos disparos de arma de fogo no show do rapper Matuê, na madrugada deste domingo (8), no Centro de Santos.
Em conversa com a reportagem de A Tribuna, ela - que pediu para não ser identificada - conta que o momento dos tiros foi um dos mais assustadores de sua vida.
"Minha adrenalina ficou tão alta que não consegui dormir. Foi horrível, parecia cena de filme de terror".
A advogada foi ao show com sua irmã e uma amiga, que veio de São Paulo para Santos pela primeira vez. As três ficaram na pista em uma mesa bistrô e notaram quando uma confusão começou a se formar.
"Do nada eu vi um grupinho se formando. Minha amiga falou 'está tendo briga, vem mais pra cá'. No segundo que ela falou isso, as pessoas começaram a correr. Meu primeiro pensamento foi segurar minha irmã bem forte e começar a correr, porque fiquei desesperada", relatou.
Abaixadas no chão, as meninas buscaram abrigo nos fundos da casa com medo de serem as únicas de pé no local e se tornarem um alvo fácil.
"Pegamos as garrafas que estavam na nossa mesa para o caso de precisarmos nos defender".
As amigas conseguiram escapar após um homem subir ao palco para pedir atendimento à vítima, que estava caída no chão. "Corremos para a primeira porta que vimos aberta. Lá fora estava o caos, gente chorando, machucada, sendo carregada, desesperador. Senti muito medo, achei que fosse morrer lá", desabafou.
Relembre o caso
Na madrugada deste domingo, um homem foi baleado durante o show do rapper Matuê no Centro de Santos após uma desavença com um policial civil. Ele foi socorrido por populares e levado até a Santa Casa de Santos, que afirmou não poder passar o estado de saúde da vítima.
Nota oficial
A organizadora do evento, a Jota Music, publicou nas redes sociais que esclarece os fatos perante às autoridades policiais, colhendo informações para serem apuradas.
"Concluídas as investigações, traremos à tona o ocorrido", diz a nota. A empresa ressalta que a casa possuía alvará de funcionamento e cumpria todos os requisitos necessários.
Além disso, a Jota Music afirma que em pouco tempo a casa foi esvaziada e que a ambulância contratada para permanecer no local prestou os primeiros socorros e levou a vítima ao hospital.
"Os disparos vieram, provavelmente, de uma possível briga envolvendo um policial que estava na condição de frequentador do evento. Porém, não podemos dar mais informações por ainda estarem sendo apurados os fatos. A casa e o evento estavam com segurança, bombeiro, UTI móvel e tudo para garantir um evento tranquilo, porém por lei não podemos impedir um policial de entrar armado", finaliza a nota.
