'Advogada do crime' é presa com o marido por suspeita de lavagem de dinheiro no Litoral de SP
Ela teria ligação com uma facção criminosa de outro estado, segundo a polícia
Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) com policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) terminou com a prisão em flagrante de uma advogada e do marido na quarta-feira (24) na Rua Emília Alves Muller, no bairro Tropical, em Itanhaém, Litoral de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, a advogada Cybelle Bezerra da Silva, de 34 anos, tinha um mandado de prisão preventiva em desfavor por associação com uma facção criminosa de Campo Grande, cidade do Mato Grosso do Sul. Ela teria um suposto envolvimento com trabalhos de lavagem de dinheiro.
Conforme apurado por A Tribuna, com Cybelle foram apreendidos documentos referentes a procurações em nomes de terceiros e contratos de compra e venda de imóveis, além de celulares e documentações que serão apurados posteriormente.
Durante as investigações que ligavam a advogada à facção, Cybelle foi embora do estado e se mudou para Itanhaém. Por lá, se envolveu com o companheiro e colocou todas documentações de moradia no nome do homem.
A localização dela só foi revelada quando a acusada registrou um boletim de ocorrência de violência doméstica contra o ex-companheiro, indicando o atual endereço.
Sendo assim, o Gaeco do Mato Grosso do Sul e os policiais civis da DIG foram até a casa do casal cumprir a prisão e um mandado de busca e apreensão no local. Como a acusada é advogada, a Polícia Civil registrou que a prisão foi acompanhada pela Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados Brasil (OAB).
Entretanto, no decorrer das buscas, os policiais acabaram encontrando uma pistola calibre .380 e 25 munições debaixo da cama do casal. Por conta disso, o companheiro da advogada, Valdomiro Junior do Nascimento, de 29 anos, foi preso em flagrante por posse de arma de fogo com numeração raspada. Cybelle também responderá por este crime.
Depois da arma ser encontrada, os policiais disseram que a advogada relatou formalmente que acabou sendo levada a erro no começo da carreira e, quando notou o que estava fazendo, já havia sido vinculada ao crime.
A Tribuna procurou a defesa da advogada e do marido para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
