O homem acusado de matar uma mulher em São Vicente e enterrá-la no chão de sua casa, na Vila Margarida, foi interrogado terça-feira (20) no Fórum e negou os crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
Segundo o promotor André Luiz dos Santos, Leandro Pereira da Silva, o 'Magreza', de 34 anos, disse que os delitos foram cometidos por um bandido apelidado por 'Cacá', sem revelar mais dados para possibilitar a sua captura.
Com preventiva decretada, Magreza foi preso no último dia 22 de fevereiro, em Marília (SP), a cerca de 450 quilômetros da Capital. Atualmente, se encontra recolhido na Penitenciária I de Balbinos, município da região de Bauru.
De acordo com o Ministério Público (MP), o réu assassinou Andressa Elizabete Jesus da Cruz, de 28 anos, mediante asfixia mecânica e por “motivo torpe”, porque se irritou com o fato de ela cobrar a devolução de um celular que ele teria furtado.
O homicídio ocorreu entre os dias 10 e 20 de novembro de 2018, no barraco onde Magreza morava, na Rua Monsenhor João Batista de Carvalho. Enterrado no local, o corpo da vítima só foi achado cerca de um mês depois, após o réu já ter fugido para lugar incerto.
O acusado disse que não presenciou o assassinato, apesar de ele ocorrer em sua casa. O réu confirmou que a vítima teve o celular furtado, mas também atribuiu este delito a “Cacá”, que teria matado Andressa para não ser denunciado.
“Eu não sei quem é esse Cacá e nem a polícia sabe. O réu está inventando essa história, jogando a culpa em quem não existe, na tentativa de se livrar da condenação”, disse o aposentado Antônio Carlos de Oliveira, de 62 anos, companheiro de Andressa.
Na mesma audiência na qual houve o interrogatório de Magreza, testemunhas depuseram. MP e defesa agora terão prazo para apresentar as suas alegações finais por escrito.
Depois, a Justiça decidirá se há indícios suficientes de autoria para o réu ser submetido a júri popular. Somadas, as penas de homicídio qualificado e ocultação de cadáver variam de 13 a 33 anos de reclusão.