Acusado de matar e enterrar mulher em São Vicente nega crimes

Interrogatório de 'Magreza' aconteceu no Fórum da cidade. Crime aconteceu entre 10 e 20 de novembro do ano passado

Por: Eduardo Velozo Fuccia & Da Redação &  -  22/08/19  -  11:52
Viúvo de Andressa segura celular com a foto da companheira morta
Viúvo de Andressa segura celular com a foto da companheira morta   Foto: Eduardo Velozo Fuccia/AT

O homem acusado de matar uma mulher em São Vicente e enterrá-la no chão de sua casa, na Vila Margarida, foi interrogado terça-feira (20) no Fórum e negou os crimes de homicídio e ocultação de cadáver.


Segundo o promotor André Luiz dos Santos, Leandro Pereira da Silva, o 'Magreza', de 34 anos, disse que os delitos foram cometidos por um bandido apelidado por 'Cacá', sem revelar mais dados para possibilitar a sua captura.


Com preventiva decretada, Magreza foi preso no último dia 22 de fevereiro, em Marília (SP), a cerca de 450 quilômetros da Capital. Atualmente, se encontra recolhido na Penitenciária I de Balbinos, município da região de Bauru.


De acordo com o Ministério Público (MP), o réu assassinou Andressa Elizabete Jesus da Cruz, de 28 anos, mediante asfixia mecânica e por “motivo torpe”, porque se irritou com o fato de ela cobrar a devolução de um celular que ele teria furtado.


O homicídio ocorreu entre os dias 10 e 20 de novembro de 2018, no barraco onde Magreza morava, na Rua Monsenhor João Batista de Carvalho. Enterrado no local, o corpo da vítima só foi achado cerca de um mês depois, após o réu já ter fugido para lugar incerto.


O acusado disse que não presenciou o assassinato, apesar de ele ocorrer em sua casa. O réu confirmou que a vítima teve o celular furtado, mas também atribuiu este delito a “Cacá”, que teria matado Andressa para não ser denunciado.


“Eu não sei quem é esse Cacá e nem a polícia sabe. O réu está inventando essa história, jogando a culpa em quem não existe, na tentativa de se livrar da condenação”, disse o aposentado Antônio Carlos de Oliveira, de 62 anos, companheiro de Andressa.


Na mesma audiência na qual houve o interrogatório de Magreza, testemunhas depuseram. MP e defesa agora terão prazo para apresentar as suas alegações finais por escrito.


Depois, a Justiça decidirá se há indícios suficientes de autoria para o réu ser submetido a júri popular. Somadas, as penas de homicídio qualificado e ocultação de cadáver variam de 13 a 33 anos de reclusão.


Após matar Andressa, Magreza enterrou corpo da vítima dentro de sua casa na Vila Margarida, diz polícia
Após matar Andressa, Magreza enterrou corpo da vítima dentro de sua casa na Vila Margarida, diz polícia   Foto: Divulgação/Polícia Civil

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