Onde investir: Criptoganhos de 300%

A criptomoeda saltou dos R$ 29 mil em 1º de janeiro para R$ 117 mil no final da tarde de sexta-feira (18)

Por: Marcelo Santos  -  19/12/20  -  15:40
Perspectivas são bem otimistas para a criptomoeda
Perspectivas são bem otimistas para a criptomoeda   Foto: André François McKenzie/Unsplash

Apesar de gerar medo ou insegurança em muito investidor, o bitcoin tem um poder de sedução muito grande – sua rentabilidade de 300% neste ano. A criptomoeda saltou dos R$ 29 mil em 1º de janeiro para R$ 117 mil no final da tarde desta sexta-feira (19). O leitor que acompanha a coluna e regras do investimento com responsabilidade sabe que a valorização passada não garante o ganho futuro. Porém, as perspectivas são bem otimistas para a criptomoeda, que tem pouco mais de uma década, mas avança rapidamente pela pré-adolescência. 


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O maior atrativo das criptomoedas é não ser manipulada por governos, que interferem em suas moedas físicas com a finalidade de controlar a inflação e estimular a economia. Melhor seria se esses governos reduzissem os gastos e os impostos. Além desse aspecto revolucionário das criptos, ganha força a ideia de que o bitcoin, a principal delas, ser um ativo de reserva. Por ser finito (limite de 21 milhões de bitcoins), tal como o ouro, cujas minas um dia acabarão, não tem como perder valor. É o contrário das moedas físicas, do dólar ao real, que são controladas por bancos centrais, cujas decisões vão interferir no valor da divisa e consequentemente nos investimentos da população e das empresas. Pois foi justamente na crise da covid-19, com os BCs injetando recursos na economia (crédito e auxílio, por exemplo) que bitcoin e ouro passaram a ser procurados por quem pretende proteger seus recursos. 


Portanto, é a demanda que estimula a rápida valorização do bitcoin. Não só investidores pessoas físicas, mas também governos buscam a criptomoeda. Nesta semana, o canal youtubber Criptomaníacos lembrou que a Massmutual, fundo de pensão americano, portanto, bem conservador, vai comprar bitcoins. JP Morgan e Itaú, símbolos da economia financeira tradicional, dispararam elogios ao bitcoin. 


Com notícias como essas, o especialista do Criptomaníacos, Guilherme Rennó, acha que o valor da criptomoeda pode triplicar no próximo ano. Entretanto, essa é uma aposta e o leitor da coluna não pode se deixar seduzir pela ambição nem mergulhar de vez em algo que conhece pouco. No meio dessa rentabilidade do bitcoin há ajustes após subidas muito rápidas. Se o objetivo é faturar com especulação, é preciso estar muito bem informado, o que é bem difícil por ser tão novo e revolucionário. 


Como começar


Para começar com criptomoedas vale a mesma dica para quem inicia na bolsa. Não pegue uma bolada para despejar no bitcoin. Escolha uma corretora de criptoativos de confiança e invista R$ 100. Acompanhe durante um mês para ver se acostuma à volatilidade, mais acentuada do que a da bolsa. Não se iluda com a valorização de 300% ao ano. Há intervalos de queda, que funcionam como correção de subidas rápidas. Se tiver que resgatar nesse período, terá prejuízo. 


Corretora ou P2P


O investimento em bitcoin é feito por meio de corretora especializada ou direto com outro investidor (P2P). O mais prático para o iniciante é uma corretora, mas como há muitos escândalos e notícias de pirâmides, busque uma casa de renome. Elas funcionam de forma semelhante a uma corretora de ações. Você abre a conta e faz a oferta de compra em um aplicativo, que são bem intuitivos. Siga todas as recomendações de segurança, com criação de duplas senhas. 


Múltiplas opções


O bitcoin é apenas uma entre milhares de criptomoedas, mas ele está no seleto clube das mais conceituadas e, portanto, tem liquidez (você terá comprador). Entre outras opções, há litecoin, ethereum e paxgold. A estruturação delas varia e, por isso, é difícil acompanhar suas particularidades em busca do melhor preço. Algumas disparam e depois saem de moda ou geram suspeita de manipulação. Se informe antes sobre cada uma e evite aventuras. 


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