Megaleilão do pré-sal da Bacia de Santos contará com 17 petroleiras

Governo espera arrecadar R$ 106 bilhões no próximo dia 7; recursos serão usados para socorrer contas públicas

Por: Marcelo Santos & Da Redação &  -  16/10/19  -  16:12
A P-74, no campo de Búzios, é uma das áreas da cessão onerosa que será ofertada
A P-74, no campo de Búzios, é uma das áreas da cessão onerosa que será ofertada   Foto: André Ribeiro/Petrobras

Dezessete petroleiras brasileiras e estrangeiras estão autorizadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para participarem do megaleilão do pré-sal. A disputa será realizada no próximo dia 7 com expectativa de arrecadar R$ 106 bilhões para o governo – recursos que darão alivio às contas da União, dos estados e dos municípios. 


O leilão comercializará a produção de Atapu, Búzios, ltapu e Sépia, todos na Bacia de Santos, na porção próxima ao litoral do Rio de Janeiro.


Além da Petrobras, participam gigantes como a Shell e ExxonMobil, além de estatais chinesas e petroleiras recém-chegadas ao País como Petronas, da Malásia, e QPI, do Catar. Há ainda a brasileira Enauta (ex-Queiroz Galvão) e a alemã Wintershall. 


Essa quantidade de participantes, resultados das rodadas anteriores e a Petrobras com uma das maiores dívidas do mundo (R$ 100 bilhões) mostram que a participação não será fácil para a estatal. A saída para a empresa será fazer parcerias com outras companhias. 


Essa disputa ofertará o excedente da cessão onerosa que já é de direito da Petrobras. A estatal ganhou do governo (cessão) 5 bilhões de barris dessas áreas do pré-sal, com contrapartida de receber 2,4 bilhões de ações da empresa (onerosa). Porém, pesquisas indicaram que esses campos têm mais petróleo do que o esperado, de até 10 bilhões de barris – é essa produção que será vendida. Dos R$ 106 bilhões que o governo vai receber, R$ 33 bilhões ficarão com a Petrobras, que detinha o direito inicial e será remunerada pelos investimentos já realizados. 


O megaleilão será feito por meio de partilha de produção, na qual vence a petroleira que oferecer o maior percentual da extração ao governo. 


O outro formato, de concessão, praticado fora do pré-sal (como o da semana passada), a empresa paga bônus ao governo para ter acesso ao campo e tem o direito de comercializar todo o petróleo. 


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