Baixada Santista cria 2,2 mil vagas de emprego em março

Setor de serviços puxou número positivo

Por: Anderson Firmino  -  08/05/24  -  12:16
Comércio de São Vicente: queda da taxa Selic e gastos do governo estimularam expansão da oferta de vagas
Comércio de São Vicente: queda da taxa Selic e gastos do governo estimularam expansão da oferta de vagas   Foto: Fabrício Costa/ Arquivo/ AT

A Baixada Santista teve um balanço positivo no número de vagas (admissões menos demissões) em março. É o que aponta o último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 2.231 empregos gerados, saldo de 15.338 contratações e 13.107 demissões.


O número é superior ao de fevereiro, quando ocorreram 14.857 admissões e 13.398 demissões, um saldo de 1.459 vagas.


No acumulado de janeiro a março, a Baixada Santista contabiliza 43.486 contratações e 40.500 demissões, um resultado positivo de 2.986 vagas. Os números são superiores aos do ano passado, quando no primeiro trimestre ocorreram 39.536 admissões e 38.221 demissões, saldo de 1.315 postos de trabalho.


“A retomada do emprego na região tem sido fortemente puxada pelo setor de serviços, com criação de empregos acima das projeções do mercado”, afirma o economista Denis Castro.


Segundo ele, alguns fatores contribuem para isso, como o aumento dos gastos do Governo Federal, diminuição ainda que sutil da taxa Selic e projeção de inflação dentro da meta.


“A confiança do mercado está em alta, gerando aumento das expectativas que se refletiram num crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) bem acima das projeções iniciais”, acrescenta o economista.



Por cidades
Santos lidera a lista de contratações em março, com 6.576 contratações contra 5.311 demissões, um saldo positivo de 1.265 vagas. Na Cidade, o segmento de serviços puxou a fila das contratações, com 4.363 vagas, com destaque para as áreas de atividades administrativas e serviços complementares; atividades financeiras; imobiliárias; técnicas e científicas; além de informação e comunicação (1.455 vagas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1.060 novos postos de trabalho).


Também se destacaram Praia Grande (2.697) e Guarujá (1.630). As mesmas cidades também ocupam o topo do ranking de demissões – depois de Santos (5.311), estão Praia Grande (2.296) e Guarujá (1.629).


Castro lembra que, em janeiro, houve um quadro que fugiu da tendência, explicado em parte pela não manutenção dos empregados temporários contratados em novembro e dezembro. “O primeiro trimestre de 2024 apresenta números preocupantes com saldo de empregos negativo em alguns municípios da Baixada Santista”, salienta.


Para ele, será necessário fazer uma reavaliação após o desastre humanitário ocorrido no Rio Grande do Sul. “Penso que deve ter reflexo na inflação, no abastecimento e, consequentemente, na economia brasileira no ano de 2024”.



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