Ex-secretária suspeita de ligação com o PCC no Litoral de SP deve deixar cadeia nesta sexta-feira

Ainda falta saber se ela ficará em prisão domiciliar ou em liberdade

Por: Rafael Motta e equipe  -  19/04/24  -  12:17
Fabiana de Abreu é ex-secretária adjunta de Governo de Cubatão
Fabiana de Abreu é ex-secretária adjunta de Governo de Cubatão   Foto: Matheus Tagé/AT/Arquivo

A ex-secretária adjunta de Governo de Cubatão Fabiana de Abreu Silva, detida na terça-feira (16), deixará nesta sexta (19) a cadeia pública feminina de São Vicente. Só com a abertura do expediente forense, se saberá se será solta ou ficará em prisão domiciliar.

A decisão foi tomada pela juíza Priscila Devechi Ferraz Maia, da 5a Vara Criminal de Guarulhos (SP). Dali partem as decisões relativas à Operação Munditia, para desmontar uma organização criminosa ligada ao PCC para fraudar licitações — em Cubatão, na Câmara.

A defesa de Fabiana pediu a revogação da prisão alegando que foi exonerada da Secretaria de Governo e teria colaborado no cumprimento do mandado contra ela. À frente das investigações, o Ministério Público Estadual citou que Fabiana tem filhos menores e opinou pela prisão domiciliar, como se prevê no Código de Processo Penal. Sugeriu, ainda, que fosse proibida de contatar outros investigados, ir à Câmara e à Prefeitura e exercer função pública.


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Expulsa
Na quarta, dia seguinte à prisão de Fabiana Silva, que presidia o PSDB cubatense, o Diretório Estadual tucano soube da detenção e a expulsou do partido, “diante da gravidade dos fatos” imputados a ela.


Parte resolvida
Não se definiram os novos titular e adjunto da Secretaria de Governo. Mas, na Câmara, já há novo diretor-secretário: Rodrigo Dias Silva, ex-assessor técnico de Assuntos do Poder Executivo. Substitui Áureo Tupinambá, também preso.


No Orquidário
O ouvidor público municipal, Rivaldo Santos, mandou a 2ª Câmara da Comissão Permanente de Inquéritos e Sindicâncias abrir sindicância administrativa para apurar “possível aumento excessivo nas compras de alimentos dos animais do Orquidário Municipal” de Santos. O prazo para conclusão é de 30 dias.


Parece demais
A Diretoria de Comunicação da Prefeitura informou que a hipótese foi identificada em fevereiro, por meio de planejamento orçamentário-financeiro. A sindicância apurará quanto seria adquirido a mais e o custo dessa possível compra excessiva — que “não significa, necessariamente, uma ação dolosa, desde que devidamente justificada”.


Quase dez anos
Em outra situação, revelada por A Tribuna em dezembro de 2014, a empresa então contratada para fornecer alimentos aos animais do Orquidário cobrava preços superiores aos do mercado. Um item saía 548,6% mais caro do que a Reportagem encontrou num supermercado. A Prefeitura admitiu que os valores eram desproporcionais e pediria à empresa a readequação deles.


Foi vice
Vice-prefeito de São Vicente entre 1997 e 2000, o engenheiro Nizio José Cabral é pré-candidato a vereador pelo Novo. Será o primeiro cargo eletivo que disputará desde que saiu da Administração. Cabral, agora, está no grupo do pré-candidato a prefeito pelo Novo, o empresário Marcelo Rocha.


Ganham menos
Ainda sobre a Câmara vicentina, um vereador ganha R$ 7.430,43 — menos que um assessor parlamentar (R$ 15.022,11) e o secretário (R$ 21.536,85). A partir de 2025, na próxima legislatura, vereadores receberão R$ 15.193,35.


Permuta
A Câmara de Santos aprovou nesta quinta (18), em primeira discussão e com voto contrário do vereador Rui De Rosis (PL), projeto de lei do Executivo que autoriza a Prefeitura a permutar imóveis na Alemoa Industrial. O Município cederia áreas a empresas do Porto, que comprariam um terreno na Areia Branca e, nele, fariam hospital pediátrico, escola infantil, quadra esportiva e campo de futebol.


Escolas santistas
O vereador Benedito Furtado (PSB) indaga à Prefeitura: como está a contratação de segurança privada às 86 escolas municipais?


“Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação”
Supremo Tribunal Federal (STF), em nota sobre a divulgação, nos EUA, de um relatório com decisões sigilosas sobre perfis em redes sociais.


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