Ao menos 70 mil vagas em concursos, no País, devem ser abertas em concursos neste ano. O Projeto de Lei Orçamentária do Governo Federal prevê cerca de 43 mil vagas. Também estão previstas 10 mil oportunidades para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e mais de 3 mil para a Receita Federal. Por isso, é preciso se preparar.
Algumas seleções em âmbito federal ainda dependem de um sinal verde por parte do Ministério da Economia, mas já há editais em andamento, como o da Controladoria-Geral da União, com salários de quase R$ 20 mil. Além disso, há oportunidades, ainda, que devem surgir no Estado de São Paulo e nas cidades da Baixada Santista – A Tribuna publica a lista com os principais editais toda segunda-feira.
O funcionário público Eduardo Sugimoto, de 30 anos, é um concurseiro convicto. Em 2018, ele fez 14 provas para cargos municipais, federais e do Tribunal de Justiça de São Paulo. Foram tentativas de trabalho na área administrativa de prefeituras e câmaras, por exemplo.
Sugimoto foi aprovado em pelo menos dez concursos e acabou convocado em quatro. Hoje, é funcionário da Prefeitura de Suzano, na Grande São Paulo.
Segundo ele, não bastam horas de estudo. É preciso uma estratégia clara. “Minha maneira de estudar é descobrir qual vai ser a banca examinadora que vai aplicar a prova e procurar provas passadas do mesmo cargo ou de cargos parecidos, pelo menos para ter uma noção da cara da prova”, diz.
Sugimoto afirma que “muitos chegam ao dia da prova e nem sabem o que esperar”, o que classifica como arriscado.
Ele buscava provas anteriores, fazia várias e via o gabarito para entender seus pontos fracos. Daí, filtrava em quais áreas de estudo estava defasado e definia uma estratégia para ter mais tempo para estudar (veja quadro com dicas).
“Essa técnica funcionava bem com matérias como Português e Matemática, porque o conteúdo específico da prova sempre muda muito. Essa é a parte mais complicada, pois você tem que devorar as leis, artigos. Vai depender do cargo a que você se aplica”, afirma.
Segundo Sugimoto, se o edital separar os artigos que caem na prova, pode se tornar mais fácil. Do contrário, há concursos que cobram, por exemplo, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. “Mas sinaliza quais são os artigos que eles querem que você saiba. E isso dificulta muito, porque você tem que decorar cerca de 60 páginas para, às vezes, cair uma perguntinha sobre isso.”