A Prefeitura de Santos chama moradores interessados em fazer teste de tuberculose até esta sexta-feira (26). Os exames podem ser feitos nas policlínicas, das 7 às 10 horas, ou na Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas (Ccdi), na Rua da Constituição, 556, no Paquetá, das 8 às 11.
A Secretaria Municipal de Saúde dá conta de que a Cidade tem, em média, um caso da doença por dia. Foram 490 registros no ano passado e, neste ano, já ocorreram 116.
O secretário Denis Valejo afirma que o objetivo da campanha é que quem tem sintomas da doença faça a testagem. Entre os sinais, estão tosse contínua por mais de três semanas, febre, suor noturno, emagrecimento e falta de apetite.
“Hoje, a tuberculose é uma doença com tratamento. Não é como no século passado, quando ela levava à morte. Porém, ela tem que ser tratada”, diz. Segundo Valejo, o tratamento da tuberculose se faz com antibióticos e dura seis meses. Nesse período, o paciente deve tomar o medicamento diariamente.
O secretário reforça a importância de não interromper o tratamento antes, ainda que haja alívio dos sintomas. “O paciente tem um alívio dos sintomas no início do tratamento, mas não pode paralisar (a tomada dos medicamentos) porque a bactéria fica resistente aos antibióticos. Por isso, é muito importante finalizar esse tratamento e, diariamente, tomar os remédios.”
Teste e contágio
Conforme a Prefeitura, o teste de tuberculose é realizado a partir do escarro recolhido do paciente. O material é coletado em um pote e encaminhado a um laboratório para análise. O resultado do exame sai em três dias. Caso seja positivo, o tratamento é iniciado de imediato.
Valejo adverte, além disso, que a doença pode ser assintomática. Dessa forma, quem teve contato com algum paciente com tuberculose deve fazer os testes ainda que não apresente sintomas.
A transmissão da tuberculose acontece principalmente pelo ar, quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala ou canta, liberando pequenas gotículas contendo a bactéria causadora da doença.
Por isso, a testagem e o tratamento são fundamentais, salienta Valejo. “Uma pessoa contaminada pode infectar de dez a 15.”
A partir do décimo sexto dia de cuidados, entretanto “a pessoa já não transmite mais a doença”, como esclarece o secretário de Saúde.