Paciente com TOC deve ter apoio em meio à pandemia

Aumento da ansiedade e estresse podem agravar quadro clínico

Por: Júnior Batista & Da Redação &  -  15/03/21  -  00:03
  Foto: Reprodução

O apoio familiar é fundamental para quem possui um transtorno obsessivo compulsivo (TOC). O aumento da ansiedade e do estresse por conta da pandemia pode agravar esse quadro, na visão de especialistas em Saúde.


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Quem tem compulsões como as do TOC pode dar sinais durante esse período de isolamento. “Pode haver um cuidado demasiado com contaminação, dúvidas frequentes, preocupação com objetos que não estão alinhados ou uniformes”, define o especialista em neuropsicologia e mestre em psicanálise Fabiano Abreu.


Segundo ele, há fatores que complicam ainda mais o problema, que pode ter relação com comportamentos de ansiedade. “Os casos podem estar relacionados com temores de danos ou riscos, nervosismo, excesso de ansiedade ou problemas do cotidiano relacionados a internet. O fator genético também aumenta o risco para o TOC”.


O fato de ter uma pessoa com a síndrome em casa também é preocupante e exige mais cuidados. Entretanto, o apoio familiar é vital para o sucesso no tratamento.


“Tomar diversos banhos por dia e limpar a casa várias vezes são comportamentos comuns em alguns pacientes e podem gerar desentendimentos. O papel dos familiares é fundamental para aprender a lidar melhor com a condição, tornando a relação menos conflituosa e ajudando o doente a ter sucesso no tratamento”, explica o médico e psiquiatra Bruno Brandão.


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Com surgimento mais comum no fim da adolescência e raramente após os 40 anos, o TOC é diferente de comportamentos compulsivos por sua “periodicidade” e “prejuízo significativo decorrente desse pensamento ou comportamento”, segundo Brandão.


O transtorno é tratado com medicação e psicoterapia - sempre juntas. Abreu indica, ainda, outras atividades que possam promover uma melhor plasticidade cerebral, como leitura, exercícios físicos e uma boa alimentação.


“Deve-se buscar uma alteração da rotina, mudando principalmente o que causa ansiedade. Reduzir o uso de telas e tentar amenizar a ansiedade. Ocupar a mente com diversidades que tragam tranquilidade e equilíbrio para uma melhor saúde mental”, conclui, lembrando que a busca por um médico é essencial.


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