Médica do Hospital das Clínicas fala sobre o enfrentamento ao coronavírus

Cirurgiã Luciana Haddad destacou que a falta de paladar e olfato são sintomas mais presentes em pacientes e questionou a utilização de imunidade de rebanho para a Covid-19

Por: Por ATribuna.com.br  -  28/05/20  -  21:37
Atualizado em 28/05/20 - 22:19
Luciana Haddad também falou sobre a utilização correta de máscaras
Luciana Haddad também falou sobre a utilização correta de máscaras   Foto: Matheus Tagé/AT

A médica cirurgiã Luciana Haddad, que trabalha no Hospital das Clínicas, em São Paulo, foi a convidada da live de A Tribuna, nesta quinta-feira (28), no Instagram. A doutora conversou com a jornalista Vanessa Martins e, em um bate-papo de mais de 50 minutos, deu orientações sobre coronavírus e sobre como se proteger durante a pandemia. Todo a conversa você confere no vídeo.


De acordo com a profissional da saúde, os sintomas mais comuns para um paciente com coronavírus são a falta de paladar e olfato


"Saiu um estudo mostrando que 60% a 70% dos infectados sentirão esses sintomas. Mas sempre em graus diferentes. Quando é a perda completa, aí é bem gritante. Tive amigos que tiveram e falaram que é muito estranho. Eles ficaram bem assustados, mas é normal. Sempre volta", disse Luciana, que ainda citou que outros sintomas como dor no corpo, dor muscular, coriza e diarréia podem ser indicativos de Covid-19.


No entanto, ela falou que as pessoas devem ficar atentas porque pode ser outra doença também, como a influenza, muito comum com a chegada do outono/inverno. 


A médica também questionou a utilização da imunidade de rebanho para os casos de coronavírus. Neste caso, 70% da população teria que estar infectada para retardar o poder de disseminação do vírus.


"Isso funciona para algumas pandemias, algumas doenças infecciosas no sentido: quando muita gente já teve a doença, o vírusperde a capacidade de disseminação. Mas todos os estudos sorológicos mostram que ainda estamos muito longe disso", explicou.


"Imunidade de rebanho é estimada quando tem 70% da população contaminada. Aqui em São Paulo só 3% da população teve a doença. Não dá para esperar essa imunidade de rebanho. Teria repercussão negativa devido ao número alto de óbitos", completou Luciana, que orientou que a população siga com as regras de higiene e distanciamento social até que uma vacina contra o coronavírus exista.


Confira o vídeo:


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Dra. Luciana Haddad tira dúvidas sobre coronavírus

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