Com o uso obrigatório de máscaras nas ruas e em ambientes de trabalho para frear o avanço da covid-19, não são poucas as pessoas que têm deixado de lado o consumo de água nas últimas semanas e prejudicado o processo de hidratação do corpo, ainda que de maneira involuntária.
Segundo o médico Nelson Marfil, a obrigatoriedade da proteção no rosto não pode impedir as pessoas de beber água, pois ela é fundamental para o funcionamento do corpo. Os rins são o órgão mais suscetível a problemas com essa mudança brusca de comportamento.
“A hidratação correta se faz ainda mais necessária no período de frio que se aproxima, quando o ar fica mais seco. Uma maneira de lembrar de beber água é utilizar o alarme do celular para beber um copo a cada duas horas, no máximo. Também há aplicativos gratuitos que podem avisar sobre a hora de consumi-la.”
Marfil explica que quando a urina está num tom amarelo-ouro, é um claro sinal de desidratação, pois o ideal é que a pessoa tenha uma urina num tom amarelo bem claro, chamado amarelo citrino, e sem odor acentuado.
“O correto é bebermos água mesmo sem sede, pois, quando a temos, significa que já perdemos 20% do nosso volume de água no corpo. No intestino, a perda da água pode levar à obstipação, pois as fezes podem ficar endurecidas. Na pele, há a perda de brilho, o que leva ao envelhecimento precoce.”
Reforçar a Barreira
Até o sangue deve ser levado em conta neste momento de pandemia e mudança de hábitos. “No nosso sangue está a principal barreira contra qualquer micro-organismo. Os glóbulos brancos são os primeiros responsáveis pelo ataque aos agressores. Se estivermos desidratados, o sangue fica mais espesso, dificultando a atuação do sistema imunológico.”