Bolsonaro sanciona lei que prorroga validade das receitas de remédios de uso contínuo

Regra se aplica enquanto durar a pandemia de Covid-19, mas não é válida para medicamentos de uso controlado, como tarja preta e antibióticos

Por: Por ATribuna.com.br  -  28/07/20  -  13:13
Cerca de 5.500 pacientes em 39 países foram recrutados.
Cerca de 5.500 pacientes em 39 países foram recrutados.   Foto: Imagem ilustrativa/James Yarema/Unsplash

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou projeto de lei que amplia prazo de validade, durante a pandemia de Covid-19, das receitas médicas ou odontológicas de remédios de uso contínuo ou sujeitos a prescrição. Originária da Câmara dos Deputados e aprovada no Senado no início de julho, a medida consta no Diário Oficial da União desta terça-feira (28).  


A sanção também é assinada pelo ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello. O  texto diz que as receitas médicas ou odontológicas serão válidas "pelo menos enquanto perdurarem as medidas de isolamento para contenção do surto da Covid-19".  


A regra não se aplica a medicamentos de uso controlado, como tarja preta e antibióticos. A lei estabelece que que a extensão do prazo não vale para remédios sujeitos a controle sanitário especial, que devem seguir regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 


Bolsonaro vetou um trecho do projeto que autorizava a retirada do medicamento por terceiros, sem a presença do titular da receita, com a apresentação de uma declaração. Esse recuo ainda precisará passar por nova análise de deputados e senadores em sessão conjunta do Congresso.  


Na justificativa para o veto, a Secretaria-Geral da Presidência da República explicou que “o dispositivo cria uma exigência que poderá vir a ser estendida a todos os casos e, por consequência, burocratizar o atendimento nas farmácias”. 


* Com informações da Agência Brasil


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