Foram duas noites e madrugadas inesquecíveis no Carnaval de Santos. Desfiles históricos, bem organizados, com arquibancadas lotadas do início ao fim. As nove escolas do Grupo Especial mostraram toda sua força na Passarela Dráuzio da Cruz, no Castelo.
Os nossos sambistas reviveram vários Carnavais e toda a tradição de escolas de Santos que foram inspiração para as agremiações de São Paulo. Os carnavalescos viajaram pelo mundo da criatividade com enredos variados e lindas fantasias.
Dos destaques dos carros alegóricos, das rainhas de bateria até os casais de mestres-salas e porta-bandeiras. Do forró ao funk, na união dos intérpretes Émerson Dias e Bolinha com MC Bola. Das tradições nordestinas até homenagem para Elba Ramalho. Lembranças das nossas lutas sociais, lembrando de Alziras, Djamilas e outras mais.
Os mestres de bateria abusaram da criatividade em novas bossas, paradinhas e paradonas. O Carnaval de Santos vem crescendo e tem tudo para ficar cada vez melhor. É só apostar no fortalecimento da Liga Independente, do Conselho do Samba e das escolas de samba.
A Real Mocidade Santista homenageou a cantora Elba Ramalho e mostrou ritmistas animados na bateria Swing do Leão. A comissão de frente foi criada pelo coreógrafo Matheus Andrade e representou Asa Branca.
Unidos dos Morros celebrou Peruíbe e contou com a Ala da Lama Negra, conhecida na Cidade. O intérprete Thiaguinho conduziu muito bem a escola. O cantor já foi entregador de jornais e comemorou no fimdo desfile. “Eu era entregador de notícias e, hoje, eu sou a notícia. Eu nunca desisti dos meus sonhos.”
Independência desfilou com a Festança no Mangangá e enalteceu o forró que contagia. A bateria representou a banda de pífano e contou com o carisma da rainha da Bateria Explosão, Janaína Leones.
A Sangue Jovem apresentou o enredo A Esperança na Fé que Move Montanhas. As baianas representaram o florescer da gratidão. O mestre Ronaldo Balio comandou a Bateria Ritmo Santástico.
União Imperial cantou Azeviche, a Ascensão da Áurea Cor, e mostrou uma linda comissão de frente coreografada por Chiquinho The Best. A verde e rosa do Marapé teve a presença de Djamila Ribeiro, filósofa e escritora santista que é reconhecida no mundo inteiro.
A campeoníssima Brasil levou para a Passarela do Samba Os Grandes Impérios, nas Garras do Tigre Paulistano. O intérprete Joãozinho recebeu a cantora Pindá, que tem uma vida dedicada à agremiação.
Unidos da Zona Noroeste voltou para o Grupo Especial e entrou na avenida com fé em São Cristóvão para homenagear os caminhoneiros, que transportam o futuro da nação. A ala das baianas representou as mães padroeiras.
X-9 apresentou o enredo Meu Nome É Favela e contou com sua grande torcida. A madrinha Néia Escaich foi um dos destaques à frente da Bateria Magia Xisnoviana, do Mestre Waguinho.
Já a Mocidade Amazonense, de Guarujá, cantou as tradições nordestinas e apresentou o casamento de Lampião e Maria Bonita. O casal de mestre-sala e porta-bandeira Kaeo Azevedo e Amanda Acácio representou a Exuberância da caatinga.