Tribuna Sem Censura: Marina Silva fala sobre belezas da Baixada Santista

A ex-senadora conversou com jornalistas do Grupo Tribuna e respondeu perguntas de internautas

Por: Nathália de Alcantara  -  07/07/20  -  22:18
Atualizado em 07/07/20 - 22:25
A ex-senadora conversou com jornalistas do Grupo Tribuna e respondeu perguntas de internautas
A ex-senadora conversou com jornalistas do Grupo Tribuna e respondeu perguntas de internautas   Foto: Matheus Tagé/AT

As praias e a Mata Atlântica são fortes potenciais naturais da Baixada Santista, segundo a ex-senadora Marina Silva. Ela participou de uma live da edição do programa Tribuna Sem Censura, transmitida pelas redes sociais do Grupo Tribuna.


Para Marina, que é historiadora, professora, ambientalista e psicopedagoga, é preciso investir fortemente em turismo e ressaltar esses pontos da região.


Assista a live na íntegra:



“Conheço as belezas e as riquezas da Baixada Santista. Grande parte da família do meu marido é de Santos e eu passei mais de um ano em tratamento de saúde na região, na época em que a prefeita era a Telma de Souza”, disse Marina.


Segundo ela, que foi ministra de Meio Ambiente de 2003 a 2008, é fundamental não colocarmos natureza e desenvolvimento em lados opostos.


“É preciso que eles se equilibrem, principalmente nos dias de hoje, em que temos uma crise social ainda maior por conta da pandemia de coronavírus”.
Para isso, no entanto, Marina defende que faltam políticos com compromissos éticos. “Não serão mais desenvolvidos projetos que não considerem as mudanças climáticas e questões relacionadas”.


Virada


A candidata à Presidência da República em 2010, 2014 e 2018 diz que a educação foi a grande responsável pela virada em sua vida.


“Fui alfabetizada tardiamente e vivi até os 16 anos em um lugar que não tinha médico, delegacia e funcionava em regime de semi-escravidão com seringueiros. Foi nesse lugar que formei meu caráter e aprendi que política é serviço”.


Na participação da live no Grupo Tribuna, Marina também não escondeu a preocupação com a questão do desmatamento.


“O governo atual acha que tudo é uma questão de propaganda, mas o satélite não mente e podemos ver que o desmatamento não para de aumentar. Houve um crescimento de 65% de agosto de 2019 para hoje. A presidente Dilma enfraqueceu essa política, foi colocada uma pá de cal. E o Bolsonaro deu o tiro de misericórdia na Amazônia”.


Política


Sobre uma chapa com Ciro Gomes em 2022, Marina desconversa. “Temos uma relação de respeito e amizade. Fomos ministros juntos e ele me ajudou muito a diminuir o desmatamento em mais de 80% em 10 anos. Mas não estamos em hora para falar de eleição”.


Para ela, o momento é de falar em dignifidade humana e defesa da vida das pessoas em risco. “Debate, nomes e sobrenomes surgirão lá na frente”.


Marina ainda se emocionou ao lembrar de quando desceu a Serra em direção à Baixada Santista em 13 de agosto de 2014, dia em que caiu o avião do candidato à Presidência da República Eduardo Campos no Boqueirão, em Santos, Ele e outras seis pessoas morreram.


“Foi muito sofrimento para todos nós, principalmente para a família. Só Deus sabe como foi e como desci para a Baixada Santista aquele dia para dar uma coletiva naquela situação. Temos de acreditar na Justiça e nas investigações. Aquela tragédia contribuiu para que o Brasil tomasse outro rumo. tudo poderia ter sido diferente. É algo difícil para mim até hoje”.


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