A Prefeitura de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira (18), a antecipação de cinco feriados municipais e a mudança no horário do rodízio com objetivo de tentar aumentar o isolamento social e conter o avanço de casos de Covid-19.
O funcionamento do rodízio, que será feito das 20h às 5h, entra em vigor na segunda-feira (22).
Foram antecipadas duas datas deste ano e três do ano que vem: Corpus Christi (3 de junho de 2021 e 16 de junho de 2022), Consciência Negra (20 de novembro de 2021 e de 2022); além do feriado de aniversário da cidade, em 25 de janeiro de 2022.
Veja como fica o calendário:
A antecipação visa reduzir a circulação de pessoas nas ruas e mira setores da indústria e empresas que ainda seguem funcionando durante a fase emergencial, em vigor em todo o estado desde segunda-feira (15).
"Vamos antecipar os dois feriados municipais que temos esse ano e os três municipais que temos em 2022 para que a gente possa reduzir a circulação de pessoas. Esses cinco feriados serão antecipados para os dias 26, 29, 30, 31 e dia 1°, juntando, inclusive, com o feriado nacional, que nós temos na sexta-feira (2)", afirmou o prefeito Bruno Covas.
Lockdown e morte por falta de leito
Antes do anúncio da antecipação dos feriados, em entrevista à GloboNews, Covas afirmou que decretar um lockdown na capital é inviável. "A gente tem 1.000 guardas da GCM. É inviável fiscalizar se as pessoas estão saindo de casa com mil guardas", afirmou.
Em relação ao primeiro óbito por falta de leito disponível, o prefeito de SP disse que o caso ocorreu na Zona Leste e que a capital está com 88% dos leitos de UTI ocupados.
"Uma pessoa faleceu sem conseguir atendimento aqui na cidade. Infelizmente a gente vê colapsando o sistema de Saúde", lamentou Covas.
No estado, ao menos 79 pessoas com Covid-19 ou suspeita morreram na fila por um leito de UTI.
O prefeito defendeu a importância do respeito às medidas de distanciamento social e afirmou que o município não tem condições de ampliar a rede de assistência na mesma velocidade da contaminação.
"Há um limite. A gente não consegue dobrar, triplicar, quadruplicar a quantidade de leito, as pessoas precisam respeitar o isolamento social para a gente diminuir a contaminação. Essa segunda onda mudou o quadro que nós enfrentamos no ano passado."
* Com informações do G1.