Padre é proibido de celebrar casamentos após abençoar união homoafetiva no interior de SP

Religioso foi afastado no final do ano passado por celebrar um casamento entre dois homens em Assis. Segundo a diocese, religioso se arrependeu e pediu perdão

Por: Por ATribuna.com.br  -  28/08/20  -  01:59
Diocese afirma que padre se arrependeu
Diocese afirma que padre se arrependeu   Foto: Divulgação/Assiscity

O Padre Vicente Paula Gomes foi punido pela Diocese de Assis (SP), por ter celebrado uma união homoafetiva no ano passado. Um documento foi publicado com as punições nesta quarta-feira (26). O religioso estava afastado de suas funções desde 12 de dezembro de 2019.


“Enquanto sacerdote e pároco, sua má conduta na ação celebrativa incentivou a cultura gay, gerando escândalo”, descreveu a diocese no documento.


O casamento entre dois homens foi celebrado em uma chácara de Assis no ano passado. Durante a cerimônia, o padre chegou a defender o direito do casal ser considerado uma família e abençoou a união.


“Achamos que lar basta ter um homem e uma mulher. Família não é só isso. Nuclear uma família significa criar condições para uma vida digna. Por isso, é com alegria que estou aqui”, disse o padre durante a cerimônia realizada no ano passado. 


De acordo com a decisão, assinada pelo bispo diocesano de Assis, Dom Argemiro de Azevedo, não houve denúncia formal contra o padre, mas a celebração repercutiu na mídia e nas redes sociais. Por causa disso, foi instaurado um procedimento de investigação.


A diocese informou que o padre se arrependeu e pediu perdão por abençoar o matrimônio. Ele também não tinha cometido outros delitos na igreja e acatou as medidas cautelares exigidas, além de se propor a corrigir e reparar o "escândalo", segundo o documento.


“Arrependido, pediu perdão do ato inconsequente ao celebrar a união estável homoafetiva, não obstante ao escândalo eminente”, diz o documento.


Segundo o documento da diocese, o padre também está proibido de participar de programas da mídia ou utilizar qualquer meio de comunicação por três anos, assim como se abster de "exprimir opiniões sobre a doutrina da Igreja Católica no que se refere ao Sacramento do Matrimônio”.


*Com informações do G1


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