Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (4) no jornal americano The Washington Post, a empresa farmacêutica Pfizer teria descoberto em 2015 um remédio que poderia ser a cura para o mal de Alzheimer. No entanto, a empresa nunca divulgou suas pesquisas após concluir que continuar os estudos resultaria em gastos muito altos.
De acordo com os estudos desenvolvidos pela Pfizer, o Enbrel, um remédio anti-inflamatório usado no tratamento da artrite reumatoide, poderia reduzir o risco de desenvolver Alzheimer em 64%.
A imprensa americana divulgou a informação após ter acesso a documentos sigilosos da empresa. A Pfizer admitiu ter desistido de continuar as pesquisas com a justificativa de que isso exigiria mais testes de alto custo. Após ‘grande debate interno’, resolveram não divulgar os estudos.
Para dar continuidade ao projeto, o custo estimado seria de 71,2 milhões de euros. Sendo assim, a farmacêutica explicou que mesmo após três anos de investigação interna, entendeu que o tal medicamento não seria tão eficaz assim para evitar o Alzheimer, pois a droga não atingia diretamente o tecido cerebral.
Entretanto, quando o caso foi revelado, a Pfizer garantiu que os estudos sobre o Enbrel foram interrompidos ‘com base em questões meramente científicas’, o que gerou polêmica entre especialistas e acadêmicos.
Alzheimer
A doença de Alzheimer não tem cura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 47 milhões de pessoas sejam afetadas em todo o mundo. Acredita-se que ela poderá atingir os 75,6 milhões em 2030, triplicando em 2050, podendo atingir os 135,5 milhões de pessoas.
A doença de Alzheimer foi identificada pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e patologista alemão Alois Alzheimer, e seu sintoma inicial mais comum é a perda de memória a curto prazo.
*Com informações do Washington Post e da Revista Fórum