Mais de meio milhão de franceses saíram às ruas nesta sexta-feira (6) para protestar contra a polêmica reforma da Previdência apresentada pelo presidente Emmanuel Macron. Foi um dia de greve nos transportes, nas escolas, em hospitais e refinarias, com o objetivo de pressionar o governo.
Passeatas foram realizadas em cerca de 70 cidades na França, segundo uma contagem feita pela reportagem, que ainda não inclui o número de manifestantes em Paris, onde as mobilizações foram marcadas por confrontos entre policiais e ativistas, com 71 detidos.
“Pensões por pontos, trabalho sem fim” estava escrito num cartaz. “Essa reforma é simplesmente impossível. Além de favorecer o setor privado, esse governo não faz nada para as pessoas comuns”, disse Sophie, uma manifestante.
A indignação popular foi motivada pela nova reforma da Previdência preparada pelo governo de Macron, uma promessa de campanha com objetivo eliminar os 42 regimes especiais que existem atualmente e que concedem privilégios a determinadas categoria profissionais.
O governo pretende estabelecer um sistema único, no qual todos os trabalhadores terão os mesmos direitos no momento de receber a aposentadoria.
Para o governo, este é um sistema mais justo e mais simples, no qual “cada euro cotado dará a todos os mesmos direitos”. Porém, os sindicatos temem que o novo sistema adie a aposentadoria, atualmente aos 62 anos, e diminua o nível das pensões.