A Bolívia decidiu pela expulsão de diplomatas do México e da Espanha, após a polêmica visita do final de semana do pessoal espanhol à embaixada mexicana, onde os ex-ministros de Evo Morales são asilados. A medida desencadeou expulsão recíproca de funcionários bolivianos por parte de Madri. Já o México apenas protestou.
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, decidiu expulsar a embaixadora do México, a encarregada de Negócios e o cônsul da Espanha.
A chefe de Estado acusou os diplomatas de terem “lesionado gravemente a soberania e a dignidade do povo e do governo constitucional da Bolívia ”e ordenou que eles “deixem o país em um prazo de 72 horas”.
Madri respondeu à medida expulsando três diplomatas bolivianos, também declarados persona non grata.
Na embaixada do México em La Paz, estão asilados nove ou dez funcionários do ex-presidente Morales, após sua renúncia em 10 de novembro passado.
Após a expulsão de sua embaixadora, o México denunciou uma decisão de “caráter político” e informou que a instruiu a voltar a seu país.
O México denunciou que sua embaixada sofre “assédio”, mas informou que os escritórios diplomáticos funcionarão normalmente.A secretária mexicana de Governo, Olga Sánchez, declarou que seu país “não tem a intenção de romper relações diplomáticas com a Bolívia”.