Bancos estudam sistema de transferência imediata

Banco Central dá aval para operações instantâneas, por meio de aplicativos bancários

Por: Da Redação  -  06/01/20  -  20:58
Além da internet, proposta prevê aquisição de tablets para todos os professores
Além da internet, proposta prevê aquisição de tablets para todos os professores   Foto: AdobeStock

Bancos começam a preparar um sistema de transferência instantânea de valores, que será feita pelo celular com o aplicativo de uma instituição financeira. Quando estiver em operação, pagamentos e transferências serão realizadas em até 10 segundos durante 24 horas por dia, sete dias por semana.


Atualmente, a transferência instantânea ocorre em alguns casos, mas as duas partes precisam ter conta na mesma instituição financeira. O Banco Central (BC), que definirá as regras do novo modelo e autorizou a largada para estudos da modalidade, prevê que esse sistema esteja apto a funcionar de forma completa a partir do primeiro semestre de 2021.


“A nossa meta é fazer com que uma transação realizada pelo sistema de pagamento instantâneo leve até 10 segundos, já que hoje 95% das TEDs acontecem geralmente em até 5 minutos, apesar de o prazo estabelecido na regulação ser de até 30 minutos”, diz, em nota, o diretor de Negócios e Operações da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Leandro Vilain.


Detalhes


Os bancos já estão se preparando para aderir ao sistema, investindo em infraestrutura e tecnologia. Debates técnicos também vêm ocorrendo para que o modelo funcione em “ambiente de segurança e comodidade para o cliente”, acrescenta a Febraban, em nota.


A transferência instantânea poderá ser feita entre pessoas, pessoas e empresas ou prestadores de serviços e entre estabelecimentos comerciais.


O usuário terá à disposição um aplicativo, não precisará ser do banco em que tem conta, no qual fará as operações financeiras. Cartões de crédito também serão incluídos nessa novidade.


A modalidade também deverá chegar aos chamados não bancarizados – cerca de 30% da população adulta, conforme dados do Banco Mundial, uma vez que precisarão ter apenas acesso a um celular.


“A ideia deles é acabar com Doc e Ted. Mas precisamos ver como vai funcionar na prática, porque o sistema brasileiro é bastante sofisticado. Aparentemente vai gerar uma redução de custos para os bancos, principalmente para os que oferecem serviços sem custo”, avalia o analista de mercado, Jason Vieira.


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