Escola Estadual usa redes sociais para se manter conectada

Logo no início da pandemia, antes da interrupção das aulas, a direção e os professores da Escola Estadual Suetônio Bittencourt Junior, no Estuário, em Santos, começaram a conscientizar os alunos para os cuidados frente ao coronavírus. Nas aulas de Ciências, o foco foi a produção de sabonetes e as orientações sobre a correta higienização das mãos. Só isso, porém, não seria suficiente. 

“Com a suspensão das aulas, tivemos reunião com os professores para estipular de que forma o contato produtivo, acadêmico e emocional com os alunos poderia continuar. Nossos professores foram preparados para usar uma plataforma (on-line). Depois colocamos todos – professores, alunos e pais – num grupo de WhatsApp”, explica a diretora da escola, Elizabeth Marques. 

Segundo ela, o processo passou pela atualização das redes sociais da escola, direcionando os perfis para o trabalho escolar. “Logo na primeira semana, atividades foram propostas. Mas percebemos que não bastava só os alunos as receberem. Faltava a inteligência emocional, não só um depósito de conteúdo”, diz a diretora. 

Foi então que a equipe técnica passou a ler o material e dar retorno aos estudantes, fazendo apontamentos. “Isso foi acontecendo com a generosidade dos professores, dispostos a colaborar e fazer intervenções. Nosso diálogo foi crescendo e melhorando, criamos uma escola virtual mais humana, solidária”. 

Para Elizabeth, nesse período de isolamento social, o grande desafio para a educação é atualizar o modelo pedagógico, que é totalmente presencial, para o ensino a distância. Como ninguém passou por essa experiência, todos estão aprendendo juntos para levar conteúdos e fazer gestão de emoções. 

“O melhor de todo esse grande desafio é percebermos que nossos alunos estão interagindo com os professores, com retorno positivo das atividades propostas, perguntando e inovando junto com toda a comunidade escolar. Eles utilizam muito as redes sociais e estão buscando para as questões acadêmicas”, diz a diretora. 

Ela explica que a orientação do professor é de extrema relevância para propor roteiro de estudos e estratégias para as atividades. Além disso, diálogo constante entre a família e escola, além de manter uma rotina dentro de casa, são importantes para que a educação virtual aconteça de forma proativa e colaborativa, minimizando a falta de contato físico até o retorno das aulas.