Diminuir número de atropelamentos vira prioridade para Ecovias

Concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes busca soluções

Por: Da Redação  -  04/10/20  -  19:35
Adolescentes armados roubaram três veículos e fugiram
Adolescentes armados roubaram três veículos e fugiram   Foto: Reprodução

Gerir um sistema integrado de rodovias, que somam 177 Km não é tarefa fácil. Afinal, a missão é conciliar mobilidade com segurança para os usuários. Pois a Ecovias, que administra o Sistema Anchieta Imigrantes (SAI) há 22 anos tem procurado exercer esse trabalho, ciente dos desafios a serem enfrentados. 


A segurança nas estradas ganha especial atenção pela empresa, sobretudo por conta das estatísticas. Em 2019, foram registrados 4.304 acidentes de diferentes naturezas, com 92 mortes. Destas, 36% (34) foram em razão de atropelamentos. Uma preocupação registrada na fala do diretor-superintendente da Ecovias, Ronald Marangon.


“São números que chamam a atenção. Os atropelamentos representam apenas 2% dos acidentes no SAI, mas pela fragilidade que tem o ser humano perto de um veículo em altas velocidades, acaba gerando muitas mortes. Outro dado: 60% desses atropelamentos acontecem a menos de 500 metros de uma passarela. Então, cabe à gente refletir sobre o que as pessoas estão passando. Será que acham que nunca vai acontecer com elas? Por passar mais de uma vez e não acontecer nada, de repente pensam que tem superpoderes?”, questiona.


O representante das Ecovias acrescenta que os atropelamentos revelam um novo problema: a imprudência de quem anda à margem das rodovias, após uso de bebidas ou drogas, ficando ainda mais expostos. 


“O que mais acontece não é com as pessoas que vão trabalhar, que normalmente estão atentas A gente vê muita gente embriagada, andando ao redor da rodovia, pessoas drogadas, que usam entorpecente e vão para a rodovia como se fosse na rua em frente à casa dele”, lamenta.


Debate constante


Ele ressalta que a segurança é tema de discussões frequentes dentro da empresa. 


“A Ecovias fala em segurança viária diariamente. Temos um comitê formado para trabalhar nisso, que toda semana se reúne, avalia os principais pontos. Além disso, a gente vê o que é possível fazer nas nossas operações com a Polícia Militar Rodoviária. Também trabalha com educação, lógico que de modo pontual, dentro dos nossos limites, bem como apoio ao policiamento rodoviário para fazer a fiscalização”, enumera.


Marangon lembra que, nos 22 anos em que a Ecovias administra o SAI, houve avanços no aspecto da segurança. “A gente busca cada vez mais, com investimentos em engenharia, reduzir os riscos de que aconteçam acidentes nas nossas rodovias. Ou seja; a gente tem uma visão muito forte, com a nossa equipe de engenharia em cima disso”. 


Segundo ele, os cuidados passam até mesmo pela qualidade do material usado nas pistas.
“Acho que a infraestrutura evoluiu muito, com sinalização, elementos de segurança, pavimentos de qualidade excepcional. Os veículos também evoluíram muito: saem de fábrica com freio ABS, airbag. Estão nos deixando menos feridos, em caso de ocorrer algum acidente. Eles evitam muitos acidentes. Mas, quando acontece hoje, tem uma probabilidade muito maior de não sair ferido. E nós, motoristas, o quanto evoluímos?”, encerra. 


Investimentos contra riscos


“A gente busca cada vez mais, com investimentos em engenharia, reduzir os riscos de que aconteçam acidentes nas nossas rodovias. Ou seja; a gente tem uma visão muito forte, com a nossa equipe” - Ronald Marangon, diretor-superintendente da Ecovias


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