Torcedor do Olimpia recorda parceria e apuros com santistas e aguarda duelo na Libertadores
A torcida dos dois clube, mais as de Once Caldas e Cald-Colo, compõem a Hermandad Blanca y Negra
O sorteio da Libertadores, realizado na última terça-feira (17), em Luque, no Paraguai, reservou um duelo especial para a fase de grupos: Santos x Olimpia, do Paraguai. Junto dos fãs de Once Caldas, da Colômbia, e Colo-Colo, do Chile, as torcidas desses dois clubes compõem a Hermandad Blanca y Negra Sudamericana (Irmandade Branca e Negra Sul-Americana).
Por isso, os confrontos marcados, primeiro na Vila Belmiro, em 17 de março, depois em Assunção, em 23 de abril, já são aguardados com ansiedade por parte dos paraguaios.
Torcedor fanático do Olimpia e um dos mentores da Hermandad Blanca y Negra, Walter Ravinovich, mais conhecido como Ravi, não esconde que o duelo será especial. Principalmente pelo fato de as equipes não se enfrentarem há muitos anos – a última vez foi em um amistoso, que terminou 0 a 0, no Paraguai, em 1967.
“Será muito especial. É um jogo que tinha que acontecer. Algumas pessoas que não estão no mundo das torcidas organizadas confundem o significado da Irmandade. Antes de qualquer coisa, nos damos apoio logístico. Cada um torce para o seu time, mas com muito respeito e amizade”, conta Ravi.
Desvio
Em 2012, quando o Olimpia encarou o Flamengo pela Libertadores, os torcedores paraguaios tiveram problemas no caminho e vieram parar na Baixada Santista. Em Santos, viveram dias marcantes.
“O jogo era no Rio de Janeiro, mas um dos nossos ônibus quebrou e não chegamos ao Rio. Demos um jeito e viemos para a Praia Grande. De lá, fomos para a Vila Belmiro e ficamos na subsede da Torcida Jovem. Ganhamos churrasco e conhecemos a Vila Belmiro. Já era noite, mas os torcedores do Santos pediram e acenderam as luzes do estádio para visitarmos”, acrescenta Ravi.
No ano anterior, em 2011, o Santos esteve no Paraguai para enfrentar o Cerro Porteño, pela fase de grupos e, posteriormente, pelas semifinais daquela edição da Libertadores. Em uma das viagens, os torcedores do Peixe se envolveram em uma confusão e acabaram presos. A Hermandad Blanca y Negra tratou de prestar auxílio. “Nós os ajudamos por 15 dias com comida e roupas”, lembra o torcedor do Olimpia.
