Por surto de covid, Santos pede adiamento de jogos, mas evita apontar início do problema

Em entrevista coletiva, o superintendente de Esportes do Peixe, Felipe Ximenez, explicou os motivos que levaram o clube a solicitar os adiamentos

Por: Bruno Lima  -  11/11/20  -  16:35
Atualizado em 11/11/20 - 16:46
Santos pede adiamento de jogos em decorrência dos casos de covid
Santos pede adiamento de jogos em decorrência dos casos de covid   Foto: Ivan Storti / Santos FC

Em razão do surto de coronavírus que contaminou dez jogadores do elenco profissional, a diretoria do Santos encaminhou, na manhã desta quarta-feira (11), à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o pedido de adiamento da partida frente ao Internacional, marcado para ocorrer às 16h30 do próximo sábado (14), na Vila Belmiro, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. 


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Em entrevista coletiva, o superintendente de Esportes do Santos, Felipe Ximenez, explicou o motivo da solicitação, mas admitiu que dificilmente o clube terá a demanda atendida. O dirigente também afirmou que a Federação Paulista de Futebol (FPF) recusou o pedido de adiamento do confronto entre Santos e São José, hoje, em Ulrico Mursa, pelo Campeonato Paulista Feminino. 


"Pedimos, sim, o adiamento da partida das Sereias, mas foi negado hoje de manhã. Estudamos junto ao nosso Departamento Jurídico como iremos nos posicionar. Fizemos também o pedido do adiamento do jogo com o Internacional, mas ainda não obtivemos resposta. Todos os presidentes de clubes assinaram, antes do reinício do futebol, um número mínimo de atletas para entrar em campo. Em Palmeiras x Flamengo foi assim, por exemplo. Chance é pequena, mas não deixamos de cumprir nosso papel", disse Ximenez.


Antes do confronto contra o Internacional, os jogadores serão submetidos a novos exames de covid-19. O número de contaminados pode aumentar. Por isso, segundo o superintendente, a comissão técnica, representada pelo preparador físico Omar Feitosa, que deve dirigir a equipe no sábado, já conversa com Edinho, técnico do time sub-23, caso haja a necessidade de promover alguns atletas da categoria. 


"Esperamos que os testes deem negativo. O Doutor Galotti (gerente do Departamento Médico do Santos) me ensina que teste é fotografia do momento. Deu negativo, mas pode sair de casa e ser acometido pelo vírus. Ninguém está livre. A comissão conversa com Edinho, do sub-23. Trabalhamos no sentido de estarmos prontos com o máximo e melhor que pudermos contra o Internacional. Não levamos em conta o adiamento, porque pensamos que é pouco provável", acrescentou Ximenez.


Onde começou?


O dirigente, no entanto, evitou apontar onde esse surto de coronavírus teria começado a atingir o elenco santista. Na semana passada, antes da equipe viajar para encarar o Ceará, em Fortaleza, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, os torcedores fizeram uma festa no aeroporto para os jogadores. Entretanto, o superintendente disse que é impossível afirmar que o vírus tenha começado a circular naquele evento. 


"Esses tipos de situações, ilações sobre futuro, são perigosos. Passado é mais complicado ainda. Depois da casa ser assaltada fala-se em grade. Contato ali (no aeroporto) foi breve, rápido, difícil a gente colocar uma situação como essa. Controlar uma torcida que quer se manifestar não serve muito para o que podemos pensar daqui para frente", falou ele. 


Ricardo Galotti também entende que é difícil apontar onde o surto teria sido iniciado. 


"Jogamos contra o Ceará e dois dias depois dois atletas deles testaram positivo para covid-19. O contato físico do Ceará com os nossos foi até maior do que aquele que os jogadores tiveram com a torcida, mas também não dá para garantir que foi lá. Muito menos no aeroporto com contato rápido. É difícil fazer afirmação a respeito disso", comentou.


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