DNA ofensivo à parte, Santos se mostra forte na defesa
Ataque dá lugar a desarmes e marcação no Alvinegro
A união entre a filosofia de trabalho de Jorge Sampaoli e o DNA ofensivo do Santos resultou em amor à primeira vista. Esse casamento, firmado no começo do ano, prontamente gerou frutos nas primeiras fases do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Boas exibições e goleadas entusiasmaram a torcida. Porém, não renderam títulos. Para corrigir essa questão, o treinador argentino tem dividido o “amor pelo balón” com o sistema defensivo.
E os números do Peixe no Campeonato Brasileiro comprovam a nova postura. Apesar de repetir que sempre prioriza o ataque, Sampaoli tem visto um Santos com estatísticas de times que jogam fechados.
Segundo o Footstats, site especializado em estatísticas, a equipe da Vila Belmiro é, por exemplo, o segundo time com mais desarmes na competição. Até o fim da décima rodada, o Peixe executou 178 desarmes, atrás somente do Flamengo, que realizou 190.
É do Santos também a quarta defesa menos vazada, com 7 gols. Nesse fundamento, o Peixe só fica atrás dos rivais estaduais: Palmeiras, que sofreu 3 gols; Corinthians, vazado cinco vezes, e São Paulo, que viu as suas redes balançarem em seis ocasiões.
Ataque
O desempenho ofensivo alvinegro evidencia que a busca incessante pelo ataque já não é a mesma dos seis primeiros meses do ano. Vice-líder do Brasileirão, o Peixe é o dono do sexto melhor ataque da competição com 13 gols marcados. Média de 1,3 gol por partida. O Flamengo lidera esse ranking com 21.
No primeiro semestre, o Santos terminou o Campeonato Paulista com 23 gols e o título de melhor ataque da competição. Na Copa do Brasil, os comandados de Sampaoli, eliminados nas oitavas de final pelo Atlético-MG, fizeram 18 gols em oito jogos. Média de 2,25 gols por partida.
Caça e caçador
Na tentativa de se defender cada vez melhor, o Peixe tem exagerado no número de cartões recebidos. Apesar de ser a equipe que mais sofre faltas do Campeonato Brasileiro, o Santos ostenta o rótulo de time mais indisciplinado da competição.
Ao longo das dez rodadas, foram 32 cartões amarelos e um vermelho – sem contar os dois amarelos de Sampaoli. O Botafogo, segundo time mais advertido pela arbitragem, tem 29 cartões amarelos.
