Com drama, nos pênaltis, Santos vence a Lusa e pega o Bragantino na semifinal

Em noite ruim, Peixe empata sem gols no tempo normal e se safa nas penalidades, por 4 a 2

Por: Régis Querino  -  17/03/24  -  22:33
Atualizado em 17/03/24 - 22:37
João Paulo vibra com a defesa em cobrança de pênalti de Felipe Marques
João Paulo vibra com a defesa em cobrança de pênalti de Felipe Marques   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Faltou futebol, sobrou drama, mas a vaga à semifinal do Paulistão, após cinco anos, veio nos pênaltis. Em atuação ruim na noite deste domingo (17), na Vila Belmiro, em jogo único das quartas de final, o Santos empatou sem gols com a Portuguesa no tempo normal, mas venceu na cobrança das penalidades, por 4 a 2 e vai enfrentar o Red Bull Bragantino na semifinal.


Inicialmente, a partida está marcada para o próximo dia 27, com mando do Santos, mas um arbitral na Federação Paulista de Futebol, nesta segunda (18), vai definir o calendário das semifinais. A outra será disputada entre Palmeiras e Novorizontino, com mando de campo do Verdão.


O jogo


A primeira chance foi do Santos, aos 3 minutos. Após cobrança de escanteio, o goleiro Thomazella afastou e Gil completou de cabeça, por cima do gol. A Lusa respondeu, também com uma cabeçada de Quintana, aos 7 minutos, que João Paulo segurou firme.


Sem intensidade e lento, o Santos tinha dificuldade de penetrar na defesa lusitana, que jogava com três zagueiros. Com pouca criação, o Peixe viu a Portuguesa chegar de novo com perigo no jogo aéreo, aos 18. Eduardo cobrou falta da esquerda, Quintana ganhou de Pituca de cabeça e Robson completou com outra cabeçada para defesa de João Paulo.


Dos 27 aos 29 minutos, o Peixe teve a melhor sequência do primeiro tempo. Aos 27, quase da intermediária, Otero bateu falta com precisão e a bola explodiu no travessão.


Aos 28, Guilherme bateu de dentro da área, a bola desviou na zaga e foi a escanteio. Aos 29, Cazares pegou rebote de espalmada de Thomazella e bateu por cima do gol. Guilherme, aos 33, também tentou por cima, de fora da área, mas a bola pegou por cima da rede.


A Portuguesa saiu ilesa das tentativas santistas e quase marcou aos 42. Maceió se livrou da marcação de Joaquim e bateu rasteiro de fora da área, mandando a bola no poste direito.


O Peixe respondeu na mesma moeda e Cazares, em tiro de fora da área, aos 45, fez Thomazella se esticar para desviar a bola a escanteio.


Após o sufoco, jogadores comemoram a classificação para a semi contra o Bragantino
Após o sufoco, jogadores comemoram a classificação para a semi contra o Bragantino   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Drama na etapa final


O Santos voltou sem alterações para o segundo tempo e continuava com o mesmo problema da etapa inicial: lentidão, falta de intensidade e dificuldade na criação.


Apesar do jogo ruim, Julio Furch desperdiçou grande oportunidade aos 7 minutos. O centroavante recebeu lançamento de Diego Pituca, matou no peito, se livrou de zagueiro mas bateu muito alto, por cima do gol.


Aos 10, Giovanni Augusto assustou o goleiro João Paulo ao bater rasteiro, de fora da área, muito perto da trave direita.


Aos 12, quem assustou João Paulo e a torcida foi Joaquim, que falhou em disputa de bola com Henrique Dourado. O centroavante invadiu a área e bateu cruzado, mas o goleiro santista salvou com um tapa para escanteio.


Insatisfeito com a fraca atuação da equipe, Carille trocou Cazares por Giuliano e Joaquim por Jair, aos 14.


O Santos tinha dificuldade de encaixar o seu jogo diante de uma Lusa aguerrida e a solução era lançar bolas à área. Aos 21, Hayner cruzou da direita, Thomazella falhou e a bola sobrou para Guilherme, que tentou chutar, mas Talles mandou a escanteio.


O tempo passava e o clima de apreensão foi crescendo na Vila. Para piorar o drama santista, Otero foi expulso ao dar um pisão no pé de Giovanni Augusto, aos 27. O meia-atacante deixou o campo desolado.


A Lusa se aproveitou da superioridade numérica e chegou com perigo aos 30, em cabeçada de Maceió que João Paulo defendeu.


O tempo jogava contra o Peixe e Carille fez mais três mudanças, aos 34. Deixaram o campo Hayner, João Schmidt e Julio Furch para as entradas, respectivamente, de JP Chermont, Tomás Rincón e Weslley Patati.


Mesmo com 10, o Santos pressionava, mas a Lusa levava perigo nos contragolpes. A partida caminhava para o fim e a tensão aumentava na Vila, com a possibilidade da vaga ser decidida nos pênaltis.


Aos 47, Patati cruzou fechado da direita e Guilherme chegou atrasado para tentar completar para o gol. Aos 50, Eduardo Diniz arriscou de longe, mas João Paulo, atento, defendeu no meio do gol. Não havia mais tempo para nada e a decisão da vaga à semifinal foi para a cobrança das penalidades.


Quem marcou e quem perdeu


O que faltou de competência durante o jogo, sobrou na cobrança de pênaltis dos santistas, que venceram por 4 a 2. Marcaram Giuliano, Guilherme, Tomás Rincón e Jair.


Pela Portuguesa, Eduardo Diniz e Paraíso converteram as suas cobranças, mas João Paulo defendeu a batida de Felipe Marques e Quintana mandou na trave.


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