Clodoaldo, ídolo eterno do Santos, é homenageado na Vila Belmiro

Um dos maiores jogadores do Peixe, volante recebeu homenagem no intervalo de Santos x Portuguesa

Por: ATribuna.com.br  -  17/03/24  -  21:28
Clodoaldo disputou 512 partidas com a camisa do Santos
Clodoaldo disputou 512 partidas com a camisa do Santos   Foto: Raul Baretta/Santos FC

O volante Clodoaldo, um dos maiores jogadores da história do Santos e da seleção brasileira, foi homenageado no intervalo da partida deste domingo (17), na Vila, contra a Portuguesa de Desportos, , pelas quartas de final do Campeonato Paulista. A homenagem foi uma parceria do clube com o movimento Santos Mais Popular.


Clodoaldo vestiu a camisa do Peixe em 512 jogos e marcou 14 gols, entre os anos de 1966 e 1980. É o sétimo jogador que mais vezes defendeu o Peixe.


A trajetória


Clodoaldo nasceu no dia 25 de setembro de 1949, na cidade de Itabaiana, em Sergipe.o treinador dos amadores do Santos, Ernesto Marques, técnico que revelou vários jogadores no time santista, o convidou para treinar no Alvinegro Praiano.



Nicolau Moran, diretor de futebol do Peixe na época, também foi muito importante em sua formação como atleta e como homem, pois conseguiu que ele morasse em um alojamento no Estádio Urbano Caldeira.


Volante habilidoso, que marcava bem nos dois lados do campo, eficiente no apoio ao ataque e nos desarmes, sem cometer faltas. Jogou a primeira partida como profissional do Alvinegro em um amistoso na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, em 5 de junho de 1966, vencido por 2 a 0. Naquele dia tinha exatamente 16 anos, oito meses e 11 dias.


Em 1967, tornou-se titular ao substituir o grande capitão José Ely Miranda, o Zito, de quem herdou a camisa cinco do Peixe. No Campeonato Paulista de 1967, com a camisa oito, jogou várias partidas ao lado de seu ídolo, Zito, que usava a cinco.


Nos vestiários do Pacaembu, antes de uma partida contra a Portuguesa de Desportos, na hora de distribuir as camisas, Zito chamou o técnico Antônio Fernandes, o Antoninho, e falou: “A camisa cinco, a partir de hoje, é do moleque”.


“Nunca me esqueci desse gesto do Zito, sempre tive um respeito e um carinho muito grande por ele como pessoa. Fomos campeões em 1967 logo de cara, depois veio 1968 e 1969, e fui me acostumando com a camisa do capitão”.


Em 1978, quando ganhou seu último título no Santos, liderou o grupo de garotos que ficou conhecido como “Meninos da Vila”.


Clodoaldo é o terceiro jogador da história do Santos FC que mais vestiu a camisa da Seleção Brasileira, com 55 partidas, ficando atrás apenas de Carlos Alberto Torres (61) e Pelé (113).



A despedida


Clodoaldo vestiu pela última vez a camisa do time que tanto ama no dia 26 de janeiro de 1980, na Vila Belmiro, na derrota para a Seleção da Romênia por 1 a 0. No ano seguinte foi jogar no Nacional, do Amazonas, e teria que jogar uma partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 14 de fevereiro de 1981, na Vila Belmiro.


Quando chegou o momento de entrar em campo, ele tirou a camisa do time amazonense e, com lágrimas nos olhos, disse que não jogaria contra o seu time de coração. Também jogou nos Estados Unidos, onde se aposentou do futebol. Problemas no joelho anteciparam sua despedida do esporte.


Títulos no Santos


1967 – Campeonato Paulista e Torneio Triangular de Florença.


1968 – Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro, Recopa Sul-Americana, Recopa Mundial, Torneio Octogonal do Chile e Torneio Amazônia.


1969 – Campeonato Paulista e Torneio de Cuiabá.


1970 – Torneio Hexagonal do Chile.


1973 – Campeonato Paulista.


1977 – Torneio Hexagonal do Chile.


Na Seleção Brasileira


Pela Seleção Brasileira, o craque, dono da camisa cinco, jogou 51 partidas e marcou três gols, um deles foi o inesquecível gol de empate na semifinal contra o Uruguai, na vitória brasileira por 3 a 1.


Mas uma jogada marcou a carreira de Clodoaldo com a camisa verde e amarela. Nos minutos finais da partida decisiva diante da Itália, na Copa do Mundo de 1970, no México, fez parte de um dos mais bonitos lances do tão aguardado tricampeonato mundial.


O gol, que nasceu com os quatro dribles seguidos dados pelo jovem volante, foi de autoria de Carlos Alberto Torres e fechou a goleada pelo placar de 4 a 1, servindo também para o consagrar como um dos grandes jogadores da história do futebol.


Logo A Tribuna
Newsletter