À beira da zona de rebaixamento, Santos avalia nova troca de comando

Empate contra o Athletico deixou Paulo Turra com um pé fora do time, que entra na zona de degola se o Bahia vencer

Por: Régis Querino  -  06/08/23  -  06:45
Bastaram só sete jogos para que Paulo Turra entrasse na linha de corte
Bastaram só sete jogos para que Paulo Turra entrasse na linha de corte   Foto: Raul Baretta/SFC

A noite de sábado (5) foi longa no Santos. Após mais uma atuação frustrante da equipe, no empate em 1 a 1 contra o Athletico-PR, na Vila Belmiro, pela 18ª rodada do Brasileirão, os membros do Comitê de Gestão do clube se reuniram para discutir mais uma provável mudança no comando técnico da equipe.


Apesar de Paulo Turra estar à frente do time somente há sete partidas, o desempenho pífio da equipe, que não demonstra qualquer evolução desde a demissão de Odair Hellmann, acendeu novamente o sinal de alerta no clube. Em sete jogos, seis pelo Brasileirão, o time só conseguiu uma vitória com o atual comandante, além de três empates e três derrotas.


Com 18 pontos em 18 jogos, aproveitamento de apenas 33%, o Peixe pode entrar na zona de rebaixamento neste domingo (6). Para isso, basta uma simples vitória do Bahia sobre o América-MG, em jogo que acontece a partir das 18h30, na Arena Fonte Nova, em Salvador.


Entre os nomes especulados na noite de sábado, três técnicos experientes. Rogério Ceni, desempregado desde a demissão no São Paulo, em abril; Mano Menezes, demitido no mês passado do Internacional; e o uruguaio Diego Aguirre, que saiu do Olímpia, do Paraguai, também em julho.


Além dos medalhões, Thiago Carpini, que levou o Água Santa ao vice-campeonato paulista e faz boa campanha com o Juventude na Série B (o time é o sexto colocado), também estava entre os nomes avaliados pelos dirigentes santistas.


Sinais de mudança

No sábado, logo após o jogo contra o Athletico, o presidente Andres Rueda deixou no ar que os dias de Paulo Turra na Vila Belmiro estariam contados. Ao invés de manter o apoio ao treinador, o mandatário disse a repórteres, após deixar o seu camarote no estádio, que a situação do técnico seria avaliada.


“Estamos avaliando, estamos pensando, não é momento de falar nisso agora”, despistou Rueda.


Paulo Turra, por sua vez, se mostrou desconfortável na coletiva de imprensa após o jogo. Tentando demonstrar tranquilidade quando questionado sobre a sua permanência, ele cutucou a gestão santista, que trocou diversas vezes de técnico desde que assumiu o clube, em janeiro de 2021.


“Nenhum treinador se sente seguro no futebol brasileiro, mas isso faz parte. Hoje, dentro dessa gestão, devo ser o 12º ou 10º treinador, eu posso ser mais um. O que posso falar é que eu tenho muita condição, eu me preparei para estar aqui no Santos. Nós temos mais 20 jogos pela frente e vamos evoluir como equipe, seja comigo como treinador ou não”.


Diante de novas perguntas sobre o momento crítico da equipe, que não evolui sob o comando do técnico, o oitavo na gestão Rueda, Turra fez questão de lembrar que a crise santista não é recente.


“Estou feliz por ter recebido o convite do Santos. Mas dos 900 e poucos dias em que o Santos está nessa situação, o nível de atuação melhorou. Estamos elevando as métricas durante os treinamentos para sustentar nos jogos em nível de Campeonato Brasileiro. Tem muita coisa boa acontecendo no nosso CT. Nosso ambiente é muito bom. Eu, como treinador, sei que futebol é movido por resultados e que eles atualmente não são bons. esso. Tenho certeza que o pessoal do Santos, incluindo os atletas, estão comprando essa ideia. Tenho convicção que estamos no caminho certo”.


A convicção de Turra, no entanto, é pouco para mantê-lo no comando, já que além da insatisfação da diretoria, o treinador já enfrenta uma forte resistência por parte da torcida, que tem promovido campanhas pedindo a sua demissão nas redes sociais.


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