Um garoto surfa em onda de gente grande

Théo de Camargo Viana, de 15 anos, ensaia passos no profissional

Por: Régis Querino & Da Redação &  -  08/04/19  -  18:03
  Foto: Irandy Ribas/AT

As primeiras braçadas de Théo de Camargo Viana foram dadas quando ele tinha apenas 3 anos. Nascido em uma família ligada ao mar – a mãe, Milena Amaral, foi campeã de bobyboard e de SUP wave, e o pai, Rogério Mendes, já conquistou títulos na canoa havaiana – o garoto surfa de pranchinha e longboard, faz stand up, triatlo e provas de natação.


Com tanta aptidão aquática, o vicentino Théo Cabeleira – apelido cultivado, como os cabelos, desde quando era criança – acabou de voltar do Ceará com o terceiro lugar no Jericoacoara Cultura Longboard Festival.


Seria um resultado até comum se Théo não tivesse apenas 15 anos e a competição não fosse profissional, reunindo alguns dos principais nomes da modalidade no Brasil.


“Fui o atleta revelação do evento, era o mais novo, chamei bastante a atenção da galera na praia”, conta Cabeleira, que levou nota 10 em uma onda, dada por unanimidadepelos juízes. O resultado expressivo conquistado no Nordeste premia a escolha de Cabeleira, que desde o ano passado tem se dedicado ao longboard, em relação aos outros esportes.


“Sempre fiz de tudo, mas acabou despertando a paixão pelo longboard. Acho mais bonito, um surfe mais clássico, desperta mais o meu interesse do que o surfe agressivo na pranchinha”, explica.


Em busca de patrocínio


Estudante do segundo ano do Ensino Médio, Théo conta com o apoio dos pais para continuar dropando as ondas em seu pranchão. Mas como a maioria dos atletas, ele também batalha por patrocinadores. “Estou sem patrocínio e à procura de apoios”, avisa.


Decidido a investir na carreira, Cabeleira sabe que a vida de esportista tem os seus perrengues. Por isso, fazer um curso universitário também está em seu horizonte. “Sonho em continuar na carreira profissional, mas sei que é uma realidade difícil. Quero também fazer EducaçãoFísica”.


Enquanto isso, Cabeleira lembra do início no surfe, quando fazia aulas na escolinha do multicampeão Picuruta Salazar, que ele cita como ídolo, ao lado de Marcos Silva, Carlos Bahia e Phil Rajzman.


Acostumando-se a enfrentar as feras do pranchão, Cabeleira é questionado sobre quem levaria a melhor em um confronto contra o mestre Picuruta. “Aí é difícil, o cara é uma lenda!” (risos).


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