Vicentino Wlamir Marques entra para o Hall da Fama do Comitê Olímpico Brasileiro

Ex-jogador fez parte da geração de ouro basquete nacional bicampeã mundial em 1959 em Santiago, no Chile, e em 1963 no Rio de Janeiro

Por: Por ATribuna.com.br  -  03/05/20  -  16:29
Nascido em São Vicente, jogador deu primeiros passos no Basquete no Tumuaru
Nascido em São Vicente, jogador deu primeiros passos no Basquete no Tumuaru   Foto: Jorge Bevilacqua/ASE

Um dos maiores jogadores da história do basquete brasileiro, Wlamir Marques, 82 anos, faz parte do Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Apelidado de ‘Diabo Loiro’, o vicentino será eternizado na galeria dos gigantes do esporte nacional. Ele foi um dos líderes em quadra da geração de ouro do basquete, bicampeã mundial em 1959 em Santiago, no Chile, e em 1963 no Rio de Janeiro.  


A data da cerimônia do Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil desse ano ainda será divulgada. Segundo o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, o reconhecimento “é uma iniciativa da entidade que visa eternizar aqueles que ajudaram a construir a história olímpica do Brasil e valorização de ídolos do esporte do país”. 


Wlamir Marques terá seu nome eternizado na galeria de atletas olímpicos brasileiros, ao lado de lendas como Jackie Silva, Sandra Pires, Torben Grael, Vanderlei Cordeiro de Lima, Hortência, Bernardinho, José Roberto Guimarães e Chiaki Ishii.    


“Estou muito feliz com a indicação. É o reconhecimento por uma vida dedicada o basquete e também a uma geração que fez história com a camisa da Seleção Brasileira, colocando o Brasil no topo do basquete mundial por duas décadas” disse Wlamir Marques. 


O presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Guy Peixoto Jr, ficou contente com a efetivação do ex-jogador ao Hall da Fama. "É um orgulho enorme ter o Wlamir Marques imortalizado. Ele foi um exemplo de atleta e é um exemplo de pessoa, por isso, homenageá-lo em vida é algo grandioso e do tamanho dos seus feitos com a camisa da Seleção Brasileira”, comenta. 


Trajetória 


Nascido em São Vicente, o atleta é um dos mais vitoriosos da história do basquete brasileiro. Pela Seleção, foi bronze nas Olimpíadas de Roma (1960) e Tóquio (1964) – ocasião em que foi porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura.  


Ainda venceu dois Mundiais, no Chile 1959 e Brasil 1963, bem como duas pratas, nos Mundiais de 1954 e 1970. Wlamir ainda tem três medalhas em Jogos Pan-Americanos, a prata em São Paulo (1963) e dois bronzes, em 1955 e 1959. 


Ele começou a carreira esportiva no Clube Tumiaru, em São Vicente, e coleciona passagens por Piracicaba, XV de Novembro e Campinas. Mas foi no Corinthians que Wlamir Marques brilhou: foi cinco vezes campeão Campeonatos Paulistas; sete Campeonatos Paulistanos; três Campeonatos Brasileiros e três Sul-Americanos de Clubes.  


Em 1965, o Corinthians de Wlamir fez história ao vencer o Real Madrid, no Parque São Jorge, por 118 a 109. Wlamir anotou 51 pontos, 31 no primeiro tempo e 20 no segundo. O vicentino leva o nome do Ginásio do Corinthians desde 2016, no Parque São Jorge. Também ganhou o título de Cidadão Emérito de São Vicente, sua cidade natal. 


Após a carreira de jogador, Wlamir tornou-se técnico, começando no Limeira. Passou também por São Caetano, XV de Piracicaba, Jundiaí, Corinthians, Tênis Clube de Campinas, Palmeiras, Hebraica, Cerquilho, e Telesp Clube Pinheiros, no masculino e no feminino. Ganhou três vezes o Campeonato Paulista Feminino de Basquete e uma vez o Campeonato Paulista Masculino de Basquete.  Atualmente, é comentarista da modalidade na ESPN. 


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