Jovem de Praia Grande vende bala no semáforo para realizar sonho no karatê

Giulia Cipriano, de 15 anos, tenta participar, pela primeira vez, da final do Campeonato Brasileiro. Atleta já tinha se classificado outras vezes, mas, por falta de verba, nunca conseguiu competir

Por: Nathalia Perez & De A Tribuna On-line &  -  26/09/19  -  20:59
  Foto: Reprodução/Praia Grande Mil Grau

Quem passou pelo viaduto do 'Skinão', em Praia Grande, na última terça-feira (24), viu uma garota de cabelos cacheados trajando um kimono e fazendo pedágio. Tratava-se de Giulia Cipriano, de 15 anos. Para poder disputar a final do Campeonato Brasileiro de Karatê na categoria cadete, a atleta teve que ir para a rua contar sua história e tentar arrecadar dinheiro.


Giulia está lutando, dentro e fora dos tatames, para participar da decisão nacional. A última etapa do torneio entre os melhores caratecas do Brasil será em Minas Gerais, no dia 9 de outubro. A inscrição já está feita, mas ela não tem como bancar alimentação e o restante do que será necessário durante sua estadia.


No karatê desde os oito anos de idade, a praia-grandense se destacou no classificatório, em Porto Velho, em Rondônia, e conseguiu uma vaga na disputa pelo título brasileiro. No entanto, essa não foi a primeira vez que Giulia conquistou o feito. Ela conta que, em outras oportunidades, apesar da classificação, não pôde competir pelo ouro por falta de patrocínio.


"Eu faço pedágio, às vezes vendo balinhas no semáforo. Minha mãe faz rifas e, antes, fazia brigadeiro para eu vender no bairro onde moro", detalha ela sobre os sacrifícios que, ao lado da mãe, Simone, faz para poder disputar competições no geral. 


A vida dura para se manter no esporte, porém, não interfere nos resultados de Giulia, que conheceu a modalidade em sua escola, quando criança. "Eu fazia balé, e sempre que descia as escadas, via as pessoas praticando karatê em uma sala. Foi amor à primeira vista", declarou a jovem, que compete pela Associação Milton Asada.


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