Caixa recusa proposta do Corinthians para quitação da Neo Química Arena

Novo presidente do clube terá nova rodada de negociações para verificar a viabilidade de um acordo em moldes distintos

Por: Estadão Conteúdo  -  12/02/24  -  18:05
Atualizado em 12/02/24 - 18:20
Novo mandatário, Augusto Melo, terá nova rodada de negociações para verificar a viabilidade de um acordo em moldes distintos
Novo mandatário, Augusto Melo, terá nova rodada de negociações para verificar a viabilidade de um acordo em moldes distintos   Foto: Marcos Ribolli

O acordo que parecia encaminhado entre Corinthians e Caixa Econômica Federal para a quitação da Neo Química Arena não vai mais acontecer. O banco recusou a proposta do clube alvinegro, que havia sido feita pela antiga diretoria, presidida por Duílio Monteiro Alves. Agora, o novo mandatário, Augusto Melo, terá uma nova rodada de negociações para verificar a viabilidade de um acordo em moldes distintos.


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A recusa à primeira proposta do Corinthians foi oficializada na última sexta-feira por meio do setor de "Recuperação de Crédito Corporativo". A informação foi dada inicialmente pela ESPN. A antiga diretoria alvinegra propôs o pagamento de R$ 531,51 milhões para quitar a dívida com a Caixa pela arena, que fica em Itaquera, bairro da Zona Leste de São Paulo.


De acordo com o diretor financeiro do Corinthians, Rozallah Santoro, a dívida do clube com a Caixa é de R$ 706 milhões atualmente. Segundo apurou o Estadão, está prevista uma nova reunião de Augusto Melo com o banco na próxima quinta-feira, em Brasília, para tentar encontrar novas formas de pagamento.


A proposta feita pela diretoria anterior à Caixa incluía o repasse de R$ 356,5 milhões recebidos junto à Hypera Pharma pelos naming rights (Neo Química), além do que se popularizou como "títulos de precatórios", mas que, na realidade, seriam créditos em contratos de Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). Essa "dívida estatal" seria comprada pelo Corinthians, que anteciparia os valores devidos pela Caixa a duas empresas.


No entanto, o acordo foi considerado "inviável", porque a origem dos dois montantes são incompatíveis com este fim. Ou seja, o banco apontou que os valores dos naming rights e da compra dos créditos em contratos de FCVS não podem ser usados para a quitação da Neo Química Arena.


Procurado pelo Estadão, Corinthians ainda não se manifestou sobre a questão. Já a Caixa enviou nota, em que reafirma sua preocupação com eficiência, sustentabilidade, rentabilidade e governança, mas não comenta operações de crédito e estruturação de dívidas específicas, como a do Corinthians, que é avaliada tecnicamente pelo banco.


"A Caixa informa que, conforme Comunicado ao Mercado em 17 de novembro de 2023, o Corinthians apresentou proposta formal para quitação do saldo devedor da dívida do contrato de financiamento e o banco está realizando a avaliação técnica da proposta apresentada pelo clube. O banco ressalta que, como instituição financeira, busca continuamente a eficiência, a sustentabilidade e a rentabilidade em suas operações comerciais, seguindo os ritos de governança e prezando por soluções que atendam aos interesses da Caixa e de seus clientes. Por fim, reforçamos que a Caixa não se manifesta sobre operações de crédito e estruturação de dívidas específicas, em razão do sigilo bancário previsto na LC 105/2001", escreveu o banco em nota.


O acordo que parecia encaminhado entre Corinthians e Caixa Econômica Federal para a quitação da Neo Química Arena não vai mais acontecer. O banco recusou a proposta do clube alvinegro, que havia sido feita pela antiga diretoria, presidida por Duílio Monteiro Alves. Agora, o novo mandatário, Augusto Melo, terá uma nova rodada de negociações para verificar a viabilidade de um acordo em moldes distintos.


A recusa à primeira proposta do Corinthians foi oficializada na última sexta-feira por meio do setor de "Recuperação de Crédito Corporativo". A informação foi dada inicialmente pela ESPN. A antiga diretoria alvinegra propôs o pagamento de R$ 531,51 milhões para quitar a dívida com a Caixa pela arena, que fica em Itaquera, bairro da Zona Leste de São Paulo.


De acordo com o diretor financeiro do Corinthians, Rozallah Santoro, a dívida do clube com a Caixa é de R$ 706 milhões atualmente. Segundo apurou o Estadão, está prevista uma nova reunião de Augusto Melo com o banco na próxima quinta-feira, em Brasília, para tentar encontrar novas formas de pagamento.


A proposta feita pela diretoria anterior à Caixa incluía o repasse de R$ 356,5 milhões recebidos junto à Hypera Pharma pelos naming rights (Neo Química), além do que se popularizou como "títulos de precatórios", mas que, na realidade, seriam créditos em contratos de Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). Essa "dívida estatal" seria comprada pelo Corinthians, que anteciparia os valores devidos pela Caixa a duas empresas.


No entanto, o acordo foi considerado "inviável", porque a origem dos dois montantes são incompatíveis com este fim. Ou seja, o banco apontou que os valores dos naming rights e da compra dos créditos em contratos de FCVS não podem ser usados para a quitação da Neo Química Arena.


Procurado pelo Estadão, Corinthians ainda não se manifestou sobre a questão. Já a Caixa enviou nota, em que reafirma sua preocupação com eficiência, sustentabilidade, rentabilidade e governança, mas não comenta operações de crédito e estruturação de dívidas específicas, como a do Corinthians, que é avaliada tecnicamente pelo banco.


"A Caixa informa que, conforme Comunicado ao Mercado em 17 de novembro de 2023, o Corinthians apresentou proposta formal para quitação do saldo devedor da dívida do contrato de financiamento e o banco está realizando a avaliação técnica da proposta apresentada pelo clube. O banco ressalta que, como instituição financeira, busca continuamente a eficiência, a sustentabilidade e a rentabilidade em suas operações comerciais, seguindo os ritos de governança e prezando por soluções que atendam aos interesses da Caixa e de seus clientes. Por fim, reforçamos que a Caixa não se manifesta sobre operações de crédito e estruturação de dívidas específicas, em razão do sigilo bancário previsto na LC 105/2001", escreveu o banco em nota.


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