Intérprete de libras participa de 1ª eleição como auxiliar eleitoral: 'Realizada'
Letícia Aparecida da Silva, que mora em Guarujá, espera ajudar diversos deficientes em colégio eleitoral de Santos
Nunca se esquece a primeira vez. E com muita expectativa, a intérprete de libras Letícia Aparecida da Silva, de 24 anos, foi trabalhar pela primeira vez como auxiliar eleitoral.
Ela espera auxiliar toda e qualquer pessoa com algum tipo de deficiência, mas em especial os surdos, os quais convive constantemente há pelo menos um ano.
"Minha expectativa é poder encontrar um surdo e ajudá-lo. Mas ao todo, qualquer deficiência estou aqui pra ajudar. Me sinto realizada. Ainda mais quando o trabalho está dando certo e vem uma devolutiva positiva. É algo tão bom, que não sei nem explicar", afirma Letícia.
Moradora do bairro Vila Lígia, em Guarujá, a servidora pública levantou da cama às 4h45 e nem tomou café para exercer sua função em Santos, no colégio eleitoral da Universidade São Judas.
Alívio para a função
O estudante Ranieri de Souza Santos, de 26 anos, vai para a terceira eleição trabalhando como auxiliar eleitoral. Ele comemora o fato de os eleitores poderem justificar o voto de forma online. Segundo ele, essa é uma das principais demandas do colégio eleitoral em que trabalha.
"Gostei de ser online, fica mais prático, sem precisar sair de casa pra justificar. As vezes você está no trabalho, fazendo algo, e não precisa parar pra isso. Porém, muitos não tem o acesso ao aplicativo ou não sabem mexer, e isso dificulta", afirma Ranieri.
O estudante afirma que o trabalho como auxiliar eleitoral chega a durar 13 horas, até o término de apuração das urnas, e que o pico de eleitores costuma ser na parte da tarde, a partir de 16h.
"Precisa ter mais cuidado, por conta do vírus. O movimento fica pior por volta de 16h, 17h, que vem a correria. Há sempre aquele tumulto das pessoas para votar antes do horário. Como sou inspetor, e por conta das eleições passadas, tenho uma tranquilidade maior", destaca.
