Valor médio do metro quadrado atinge R$ 5,8 mil na Baixada Santista

O levantamento feito pela Robert Zarif Assessoria e que será divulgado em Santos, na próxima segunda-feira (5), pelo Secovi-SP aponta que, em junho de 2019, o preço médio por metro quadrado de área útil dos imóveis residenciais na Baixada Santista foi de R$ 5,8 mil, mantendo a estabilidade em relação a igual período do ano passado.

“Os valores médios praticados de venda dos imóveis no período analisado de 36 meses (julho de 2016 a junho de 2019), foram: R$ 229 mil (1 dormitório econômico), R$ 365 mil (1 dormitório), R$ 208 mil (2 dormitórios econômicos), R$ 411 mil (2 dormitórios), R$ 822 mil (3 dormitórios) e R$ 1,5 milhão (4 ou mais dormitórios)”, destaca o diretor regional do Secovi-SP na região, Carlos Meschini.

Em Santos, o metro quadrado é mais caro. “Nos imóveis novos localizados próximos à praia, o metro quadrado está sendo vendido por cerca de R$ 7,5 mil”, afirma Roberto Barroso Filho, proprietário da Engeplus Construtora e Incorporadora. 

“Os empreendimentos de alto padrão hoje são mais difíceis para vender. O que mais se comercializa, realmente, são imóveis menores, de até 130 metros quadrados. Isso, porque, a construção civil está totalmente atrelada à economia. Todos aguardam a aprovação das reformas (da Previdência e Tributária), na esperança de que isso atraia investidores externos e, consequentemente, recue o desemprego no Brasil. A incerteza da economia não permite que as pessoas tomem um passo firme ou se arrisquem demais na hora de comprar um imóvel”, acredita Barroso.

“O mercado de alto padrão ainda está engatinhando, mas o setor está otimista. Haverá lançamentos em breve”, concorda o sócio-proprietário da Aliança Construtora e Engenharia, Norberto da Silva Faria.

Com um empreendimento de alto padrão lançado há cerca de dois anos no bairro da Aparecida, em Santos, a diretora da Pred Center Construtora, Beth Borges, confirma uma leve melhora no segmento. “Nós não deixamos de vender, mas sabemos que, devido à instabilidade econômica que vivemos, as pessoas não investem tanto”.

“Acredito que as mudanças na área econômica irão atingir também a construção civil, que ainda é o investimento mais seguro”, afirma o proprietário da ShopHouse Construtora, Fernando Benites Reobol, que têm apostado em empreendimentos localizados próximos ao mar em Praia Grande. “Esperamos uma melhora de 30% nas vendas em relação ao ano passado.”