Gestante com tatuagens de aranhas tem perna necrosada após picada de aracnídeo no Vale do Ribeira

Ketisley Lessa, de 29 anos, conta que não recebeu o soro antiaracnídico e por isso teve complicações; bebê está bem

Por: ATribuna.com.br  -  03/03/24  -  07:14
Ketisley Freitas Lessa, de 29 anos, foi picada por uma aranha-marrom no dia 5 de janeiro
Ketisley Freitas Lessa, de 29 anos, foi picada por uma aranha-marrom no dia 5 de janeiro   Foto: Arquivo pessoal

Uma mulher de 29 anos, grávida de oito meses, foi picada por uma aranha-marrom na perna direita e teve uma parte da pele necrosada devido à ação do veneno. O incidente ocorreu em Apiaí, no Vale do Ribeira, no dia 5 de janeiro. O curioso é que a bacharel em Direito, Ketisley Freitas sempre gostou de aranhas e possui seis tatuagens de aracnídeos espalhadas pelo corpo. Agora, ela cogita removê-las depois experiência que viveu.


Ketisley foi picada pelo aracnídeo quando estava deitada em sua cama, no quarto. A sua primeira reação ao ser picada foi matar a aranha e registrar uma foto para tentar identificar a espécie. Em seguida, mesmo sem sintomas, foi até o Hospital Doutor Adhemar de Barros, onde tomou um antibiótico e foi orientada a tomar um remédio para dor.

Os sintomas surgiram no dia seguinte. A gestante começou a ter manchas vermelhas, dores fortes e coceira intensa pelo corpo, sendo internada no dia 9 de janeiro. Segundo ela, os médicos acionaram o Instituto Butantan e constataram que se tratava de uma aranha-marrom, porém, não administraram soro antiaracnídico para combater o efeito do veneno.


Perna com parte da pele necrosada por ação do veneno da aranha-marrom
Perna com parte da pele necrosada por ação do veneno da aranha-marrom   Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a gestante, os antibióticos reduziram a infecção, mas não extinguiram a necrose. Por este motivo, ela está com uma cicatriz e continua com dores.

Contudo, Ketisley estava preocupada com a filha. "Eu fiquei com muito medo e tive crise de ansiedade no hospital com medo de afetar a bebê. Porém, foi feito ultrassom e graças à Deus estava tudo bem", afirmou.


Nas redes sociais, a Ketisley chegou a ironizar: "Nem minhas aranhas me deixaram imune".


Em nota, o Hospital Doutor Adhemar de Barros explicou que a paciente não apresentava alterações no quadro clínico e, por este motivo, não entrou no critério do protocolo do Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo para receber o soro antiaracnídico.


Ketisley tem aranhas tatuadas nas nádegas, na mão, na barriga, no busto e no pescoço
Ketisley tem aranhas tatuadas nas nádegas, na mão, na barriga, no busto e no pescoço   Foto: Arquivo pessoal

A paixão por aranhas
A gestante disse que sempre gostou de aranhas, por isso tatuou seis em seu corpo: duas nas nádegas, uma na mão, uma na barriga, uma no busto e outra pescoço. Agora, após experimentar fortes dores a ponto de não conseguir andar, ela quer remover as figuras de seu corpo.


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