Prefeitura de São Vicente vai romper contrato com a Otrantur: ‘Ponto final’, afirma prefeito

Em suas redes sociais, Kayo Amado diz que a empresa de ônibus sai da Cidade até o dia 30 deste mês

Por: ATribuna.com.br  -  01/07/22  -  21:18
Atualizado em 01/07/22 - 21:30
A greve iniciada hoje em toda Cidade foi a quarta da categoria no ano de 2022
A greve iniciada hoje em toda Cidade foi a quarta da categoria no ano de 2022   Foto: Reprodução/TV Tribuna

A Prefeitura de São Vicente vai romper contrato com Otrantur, a concessionária de transporte público da Cidade, após funcionários entrarem em greve nesta sexta-feira (1) - pela quarta vez este ano - por falta de pagamento. O prefeito Kayo Amado (Podemos) publicou em seu Twitter que o contrato chegará ao fim no dia 30 deste mês.


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“Acabo de colocar um ponto final na história da Otrantur em São Vicente. Um duro trabalho de fiscalização e detalhamento jurídico para encerrar este contrato de 20 anos firmado pela gestão anterior. No dia 30 deste mês essa empresa sai da cidade. Decretado”, publicou o prefeito.


Em nota, a Prefeitura alega ter realizado fiscalizações na última semana e identificado diversos problemas com a concessionária. Ainda informou que produziu um relatório para possíveis sanções à empresa.


A greve iniciada nesta sexta-feira em toda Cidade foi a quarta da categoria em 2022. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sindrod), os funcionários protestam por conta do atraso de dois meses do pagamento do salário, do vale-refeição e da cesta básica.


Antes da decisão, a Prefeitura disse ter notificado o sindicato da categoria, “para assegurar contingentes de trabalhadores necessários para a circulação de 100% da frota da concessionária no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 60% nos demais horários”, para que a população não sofra prejuízos.


Até o fechamento desta Reportagem, não havia ônibus municipal circulando em São Vicente e os intermunicipais eram os únicos a transportar a população vicentina.


Otrantur
Antes da decisão sobre a rescisão do contrato, a Otrantur divulgou uma nota afirmando ‘crise financeira’ devido à falta de reajuste da tarifa, ao aumento do diesel e “pelo repasse do subsídio ainda não ter sido efetuado por parte da Prefeitura, que deverá ocorrer somente em 09/07”.


A concessionária informou que está buscando diálogo para fechar um acordo com mais de 220 colaboradores, pois o problema necessita de solução urgente. Alega estar empenhada em quitar os valores em aberto durante esse final de semana.


Em contrapartida, a empresa afirma que a atual administração de São Vicente tinha conhecimento de todas as questões financeiras que sofria e, mesmo assim, não houveram ações para viabilizar uma solução. A Otrantur alega que há um “desequilíbrio contratual” desde março deste ano.


A volta dos ônibus
Em apuração do jornal A Tribuna, um dos sócios da Otrantur, Omar Rodrigues, afirmou estar desde a madrugada desta sexta atuando para que haja a normalização dos serviços, que aguardam a concessão do pedido de liminar formulado pelo corpo jurídico.


“A paralisação desde a madrugada é total, mesmo os veículos estando prontos a operar. Caso haja a concessão da liminar junto à justiça do trabalho, o retorno ao posto de trabalho deve ser imediato”, conclui Omar.

A empresa ainda não se manifestou sobre a rescisão do contrato prometida pela Prefeitura.


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