Paciente espera há 10 dias por cirurgia no Hospital Municipal de São Vicente

Homem caiu de um telhado e fraturou a coluna; após contato da Reportagem, prefeitura diz que ele será transferido ainda nesta quarta-feira

Por: Maurício Martins  -  29/10/20  -  01:04
Francisco caiu de altura de 7 metros, na Vila Margarida
Francisco caiu de altura de 7 metros, na Vila Margarida   Foto: Arquivo Pessoal

O ajudante geral Francisco Dimas da Costa, de 56 anos, está há 10 dias internado no Hospital Municipal de São Vicente (antigo Crei) após cair de uma altura de mais de sete metros, quando fazia manutenção do telhado de uma casa, na Vila Margarida. Ele foi levado à unidade pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 


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Segundo a família, Francisco teve um esmagamento da lombar e desde 18 de outubro espera transferência para um hospital referência para cirurgia, mas a equipe médica informa que não há vaga. A regulação desse tipo de transferência é feita pelo Governo do Estado.  


O paciente sequer teve acesso a um exame de ressonância magnética, fundamental, segundo a família. A irmã dele, Norma Sueli Ferreira, de 61 anos, acompanha Francisco no hospital. “Não tenho reclamação do atendimento aqui, mas o Crei não consegue fazer a cirurgia e o exame, precisa de um local adequado”.  


Respostas 


Procurada pela Reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o Núcleo de Regulação da Baixada Santista acompanha o paciente e o caso está em regulação através do sistema Cross (Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde).  


Já a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), informa que a vaga para a cirurgia de Francisco Dimas da Costa foi liberada nesta quarta-feira (28) à noite pela Central de Regulação e Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), que é gerenciada pelo Estado.


"O paciente está internado no Hospital Municipal e realizou todos os exames necessários, inclusive tomografia, que confirmou o diagnóstico de fratura de vértebra lombar, não havendo a necessidade de realização de ressonância".


Após a confirmação do diagnóstico, diz a Prefeitura, foi solicitada vaga para neurocirurgia pelo sistema Cross. "A vaga para cirurgia foi pedida várias vezes, pois é fechada todos os dias e refeita no sistema, sendo inserida diariamente pela equipe do Hospital Municipal".


A Sesau esclarece que não há escolha do local para transferência. Conforme a vaga é disponibilizada pelo sistema Cross, o paciente é transferido.


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