Médicos que atendiam em PS fechado de São Vicente denunciam falta de pagamento

Pagamento pendente refere-se aos dias trabalhados em janeiro deste ano

Por: Nicollas Felix  -  21/03/24  -  07:16
Atualizado em 22/03/24 - 10:11
PS do Parque das Bandeiras, em São Vicente, foi fechado para obras
PS do Parque das Bandeiras, em São Vicente, foi fechado para obras   Foto: Arquivo Pessoal

Os médicos que realizavam plantões no Pronto-Socorro Parque das Bandeiras, em São Vicente, ainda não receberam pagamento referente aos dias trabalhados em janeiro deste ano. Segundo eles, não houve aviso prévio adequado de fechamento da unidade de saúde. Além disso, foi relatado para A Tribuna que profissionais de outros Prontos-Socorros estão nas mesmas condições.


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A empresa Smedmix (Serviços Combinados em Saúde) ganhou licitação na Prefeitura de São Vicente para cuidar e gerenciar os plantões médicos no Parque das Bandeiras em agosto de 2023. Conforme apurado por A Tribuna, um representante da empresa entrou em contato com todos os médicos e montou um grupo no WhatsApp para manter o vínculo e informar sobre a escala de plantões.


Segundo um dos médicos, que preferiu não se identificar, a empresa pagava de forma correta no início, mas depois passou a atrasar os salários. “Foi combinado de sempre pagar os plantões no mês subsequente. No primeiro mês, eles até cumpriram com isso. Depois, no mês seguinte, eles já começaram a atrasar os plantões”, contou.


Além disso, o profissional comentou sobre a mudança de comportamento do representante que ficou responsável pelo contato com os médicos. “Ele sempre entrava em contato para dar satisfações, mas depois que fechou o PS do Parque das Bandeiras, sumiu do grupo. Agora não responde mensagens no privado, não atende as ligações profissionais, não dá satisfação”.


Ainda conforme apurado por A Tribuna, quando começaram a circular informações de que o Pronto-Socorro do Parque das Bandeiras poderia ser fechado, o representante da empresa teria garantido que não era verdade. Porém, depois de algumas semanas, foi comunicado aos médicos que os boatos eram verdadeiros. Isso fez com que os profissionais tivessem dificuldades para conseguir plantões em outras unidades de saúde.


“Todos nós nos sentimos usados. Eles usaram o nosso serviço até o último momento e não deram nenhum parecer sobre o pagamento”, desabafa.


Uma médica, que também preferiu não ser identificada, demonstrou estar insatisfeita com a situação. “Me sinto lesada por ficar esperando o pagamento e não o receber”.


Outro médico falou sobre a frustação. “Mesmo ele comunicando que o Pronto-Socorro iria fechar na semana seguinte, foi pedido o nosso profissionalismo para cumprir nossos plantões e não haver prejuízo para a população. É uma sensação de abandono. Houve profissionalismo da nossa parte e não houve isso dele (o representante da Smedmix)”.


Outro lado

A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), informou está ciente do atraso parcial nos pagamentos referente ao mês de janeiro. Além disso, a Sesau comunicou que está trabalhando para resolver a questão o mais rápido possível, garantindo que todos os profissionais sejam remunerados conforme acordado.



A Reportagem procurou a Smedmix, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.


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