Disputa pela Prefeitura de São Vicente promete ser intensa neste ano
Pelo menos dez nomes pretendem lutar pela chefia do Executivo em terras vicentinas
Se em outros municípios da Baixada Santista o clima eleitoral ainda está ameno, o mesmo não se pode dizer de São Vicente. Ao menos dez nomes estão interessados em participar da corrida pelo comando do Palácio Martim Afonso.
Ligado ao ex-governador Márcio França (PSB), o prefeito Pedro Gouvêa (MDB) tentará o segundo mandato. Eleito no primeiro turno no pleito de 2016, o chefe do Executivo encontrou dificuldades pelo caminho e acredita que conseguiu avançar ao longo dos últimos três anos e meio.
Por esse motivo, o integrante do MDB pretende permanecer à frente do governo municipal por mais quatro anos. Para isso, deverá contar com o apoio de partidos, como PSB, PROS e PP, conforme apurado pela Reportagem.
Outro nome já conhecido do eleitorado vicentino que entrará nessa disputa é o servidor público Kayo Amado, que trocou a Rede pelo Podemos, em agosto do ano passado. Em 2016, ele ficou em 2º lugar na luta pela Administração Municipal, com 48.641 votos.
Dois anos mais tarde, Amado, que tem um trabalho consolidado nas redes sociais, concorreu a deputado federal e teve 54.944 sufrágios, sendo 37.094 na Cidade. Embora tenha sido o nome mais votado da Rede, a legenda não atingiu o quociente eleitoral.
A maior surpresa no cenário eleitoral da Baixada Santista ocorreu justamente em São Vicente: a jornalista Solange Freitas foi indicada pelo PSDB para concorrer ao Executivo. Inicialmente, a sigla iria lançar o presidente do diretório municipal, o vereador Higor Ferreira, hoje cotado para ser vice na chapa.
Recém-filiada ao partido, Solange deverá contar com o apoio da cúpula estadual da legenda e do governador João Doria (PSDB). Desde o início do mandato, a relação entre o tucano e Gouvêa está longe de ser harmônica.
O ex-prefeito Luís Cláudio Bili também pretende voltar ao Executivo. Eleito em 2012 após derrotar o hoje deputado estadual Caio França (PSB), o ex-chefe do Executivo não disputou a reeleição, em 2016. Filiado ao PTB, Bili disse que pretende participar do pleito deste ano “para elevar o nível do debate”.
Outros nomes
O PT tem como pré-candidata ao Executivo a economista e atual presidente do diretório municipal da sigla, Analia Maria da Silva. Moradora do Jardim Rio Branco, na Área Continental, ela já entrou para a história por ser a primeira mulher a comandar a legenda em São Vicente e quer ser a primeira petista a disputar o Executivo da Cidade.
O professor Maykon Rodrigues dos Santos é o pré-candidato a prefeito pelo PSOL. Nas eleições de 2016, o partido apoiou Kayo Amado e o docente foi o vice na chapa. Ele é defensor da criação de uma frente de esquerda no Município. Por isso, não vê sentido em PSOL e PT lançarem candidaturas separadas.
O advogado criminalista Luiz Carlos Gianelli (PSD) vem trabalhando desde o ano passado na intenção de concorrer ao Executivo.
Em 2018, tentou ser deputado estadual pela mesma sigla. O jurista já teve experiência na Prefeitura: coordenou de 2013 a 2016 o Procon de São Vicente.
O empresário Valquirio Martins (SD) também está disposto a entrar na disputa. Uma de suas ideias é fomentar o desenvolvimento da Área Continental e uma das propostas para viabilizar isso seria a criação da cidade administrativa na Avenida Angelina Pretti.
Já o PRTB reserva uma situação curiosa, porque possui dois pré-candidatos. Uma delas é a médica e ex-secretária municipal de Saúde Mônica Batalha Prado. O nome dela tem a preferência do presidente nacional da sigla, Levy Fidelix.
Porém, o coronel da reserva da Polícia Militar de Rondônia, Silas Antonio Guglielmetti, lutará por essa indicação do partido. Ele segue postando vídeos nas redes sociais para apresentar suas ideias aos munícipes.
