Tragédia em Santos: Criança estava em aula online antes de cair acidentalmente de prédio e morrer

Menino de 11 anos acessou a sala virtual pela última vez às 8h28 desta sexta (18); acidente ocorreu minutos depois

Por: ATribuna.com.br  -  18/06/21  -  15:32
    Jardim ornamental era o único espaço do apartamento que não possuía tela. Perícia examinou o local
Jardim ornamental era o único espaço do apartamento que não possuía tela. Perícia examinou o local   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A morte do menino de 11 anos que caiu de um prédio em Santos na manhã desta sexta-feira (18) é investigada como queda acidental pela Polícia Civil, que aguarda laudo pericial. De acordo com o delegado do 7º DP, Dr. Jorge Álvaro Cruz, não há indícios de homicídio. A criança estava na residência junto com a irmã e ambos estavam em aula online.


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Segundo o delegado, todo o apartamento duplex possui tela. A única exceção é para um pequeno espaço (foto acima) onde existe um jardim ornamental do próprio prédio. Desta forma, a polícia trabalha com a hipótese de que a queda aconteceu deste ponto. “Inicialmente não tem nada que vincule algo proposital da conduta dele”, afirma.


De acordo com Dr. Jorge, o garoto pode ter se desequilibrado ao tentar pegar algo que tenha caído no local, mas ainda não há aprofundamento sobre os aspectos da queda. Em apuração da Polícia Civil com a escola em que o menino estudava, constatou-se que o último acesso da criança na aula aconteceu às 8h28 desta sexta-feira (18). “Tudo se encaixa no que está sendo apurado”, destaca o delegado.


Dentro do apartamento, estava apenas o menino e a irmã de 17 anos, que também estava em aula. Segundo a polícia, a jovem não ouviu o irmão caçula e só soube do ocorrido quando recebeu uma chamada da portaria. As investigações também apontam que ninguém suspeito entrou na residência.


    Acidente mobilizou autoridades na manhã desta sexta-feira (18)
Acidente mobilizou autoridades na manhã desta sexta-feira (18)   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

No imóvel, a criança também morava com a mãe e o padrasto, mas eles não estavam no momento da queda. Segundo o delegado, as relações com o padrasto eram boas. “Tanto do pai com o padrasto, quanto do padrasto com a criança”, relata. Além disso, o menino era uma criança ativa, que inclusive tinha medalhas de futebol.


A Polícia Civil segue apurando e aguarda resultado da perícia no local. De acordo com Dr. Jorge Álvaro, as investigações devem dar ênfase para o motivo da criança ir até o local da queda e conversar com colegas de escola do menino para buscar indícios. “É um quebra-cabeça”, finaliza.


A escola em que a criança estudava, localizada no bairro Boqueirão, se solidarizou com os familiares e suspendeu todas as atividades escolares desta sexta-feira (18) como luto pelo aluno do 6º ano.


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