Santos promete aumentar equipes para zerar fila de poda de árvores

Campeão de queixas na Ouvidoria de Santos, o serviço de poda de árvores será 'turbinado' a partir de março. Maior número de equipes – que saltará das atuais quatro para seis – e adoção de novos protocolos são apostas para eliminar filas represadas no período de seis meses em que o volume dos trabalhos foi reduzido. A meta do Poder Público é que o tempo médio de espera caia até 36,5% – de, em média, 126 dias para 80.

Os planos foram adiantados, nesta quarta-feira (19), pelo ouvidor municipal Rivaldo Santos, ao apresentar aperfeiçoamentos técnicos na plataforma Monitora Santos. A ferramenta possibilita aos moradores informar problemas, acompanhar o andamento de demanda e obter um panorama dos serviços de zeladoria agendados pela prefeitura. 

Segundo o sistema, no ano passado, houve 5.828 solicitações relacionadas a paisagismo (entre podas, remoção, replantio e vistoria) na cidade. Nos primeiros 50 dias de 2020, já são 432 pedidos. Quase 90% dos pedidos são feitos por munícipes via Ouvidoria – os demais por solicitação de vereadores ou do Ministério Público. 

Ainda conforme o portal, a última ação realizada do serviço é datada do dia 24 de janeiro, com poda de árvores na Rua Almirante Tamandaré, no Macuco. Até quarta-feira (19), o sistema informava o agendamento de 625 serviços programados. 

A queda no prazo para a execução do serviço e retomada no ritmo de trabalhos estão amparadas no contrato com a empresa Verdam, vencedora da licitação para assumir o serviço municipal. O acordo foi firmado na segunda quinzena de janeiro, encerrando seis meses de disputas judiciais sobre o edital. Nesse prazo, apenas uma equipe da prefeitura realizava os trabalhos, gerando aumento na demanda. 

Com valor de R$ 4,59 milhões por ano, o convênio prevê uma média de 800 atendimentos mensais – hoje, são cerca de 80 podas por mês. Por exigência contratual, a nova prestadora terá que ampliar o número de trabalhadores e equipamentos, bem como alterar protocolos de atuação.

Também houve readequação na abrangência, que passa a incluir os Morros e a Área Continental (antes apenas as zonas Leste e Noroeste). 

A cada chamado aberto em determinada via, um engenheiro agrônomo será direcionado para o local a fim de verificar a situação das demais árvores do local. “Antes, apenas a solicitação feita era atendida, o que gera mais custo e volume de queixas” diz Santos. 

Com isso, ele acredita reduzir o tempo médio de espera pelo serviço. Conforme a Participação Direta nos Resultados, sistema de indicadores do Poder Público santista, o prazo máximo para a poda de árvore na cidade de ser reduzido para 80 dias. Em 2018, por exemplo, a espera era de até 241 dias. 

O ouvidor recorda que, em muitos casos, o prazo dilatado se justifica nas limitações de determinadas espécies, que só podem ser podadas em janelas mínimas de tempo – algumas, supera a três anos. Interdições de vias e solicitações para interromper fornecimento de energia na via também podem atrasar o cronograma. 

Mapeamento

A empresa contratada assumiu a obrigação de registrar todos os serviços executados no sistema georreferenciado da prefeitura. Assim, os técnicos vão tirar fotos de antes e depois de realizar a poda. O mecanismo permitirá maior transparência da fiscalização sobre o trabalho. 

Esses dados também vão alimentar o mapeamento das árvores plantadas na cidade, cujo censo arbóreo está sobre a coordenação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Seman) e amparado numa lei municipal de 2016. Cerca de 10 mil unidades já foram contadas na cidade. A responsável pelo serviço utilizará um equipamento chamado tomógrafo por impulso, capaz de analisar o estado de saúde das árvores. 

Como reclamar?

Na Ouvidoria, Transparência e Controle (OTC), pelo telefone 162 (de segunda a sexta, das 8h às 18h), internet (www.santos.sp.gov.br/ouvidoria) ou pessoalmente no Paço Municipal (Praça Visconde de Mauá, s/nº, térreo). 

Para acompanhar:

Pelo endereço: www.santos.sp.gov.br/transparencia. Na busca, digitar árvores ou podas.

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