Santos não aumenta tarifa de ônibus neste ano e eleva subsídio

Prefeitura subiu em 50,5% valor mensal do subsídio para permissionária; Rogério Santos espera congelamento em 2025

Por: Gabriel Fomm  -  24/04/24  -  06:47
O preço não irá aumentar neste ano
O preço não irá aumentar neste ano   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Não haverá aumento da tarifa municipal de ônibus em Santos neste ano. A Prefeitura determinou o congelamento após aumentar o subsídio mensal para o custeio das passagens, de R$ 1,5 milhão, no ano passado, para R$ 2,25 milhões agora — reajuste de 50,5%.


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“A ideia deste ano e daqui para a frente, baseada no orçamento da Prefeitura, é manter o preço congelado. Inclusive, no próximo ano, a tendência é essa, a não ser que tenha um aumento acima do esperado. Nossa intenção é manter o transporte em um valor que seja possível para o trabalhador e as pessoas que usam o transporte público”, diz o prefeito Rogério Santos (Republicanos).


O convênio foi firmado em 18 de março e publicado na página 6 do Diário Oficial de Santos de ontem. Ele prevê o repasse anual de R$ 27,081 milhões para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) “assegurar a modicidade” da tarifa municipal de ônibus com a permissionária do serviço, a Viação Piracicabana.


O prefeito afirma se tratar de uma “política pública na área da mobilidade, incentivando o uso do transporte público, mas também uma política social importante, já que o custo da passagem pesa mais na renda das pessoas com menor poder aquisitivo”.


A Administração destaca que, se não houvesse aumento do repasse à concessionária, a tarifa passaria de R$ 5,25 para R$ 6,75.


O subsídio é pago desde 2021. O valor inicial por mês era de R$ 800 mil. Em 2022, passou para R$ 1,035 milhão. No ano passado — quando a tarifa subiu pela última vez, de R$ 4,95 para os R$ 5,25 atuais —, aumentou para R$ 1,5 milhão por mês.


“É fundamental para que a gente possa garantir o direito do transporte. O ganho é na mobilidade da Cidade, já que, nos últimos anos, o uso dos ônibus caiu, não só em Santos, como em todo o País”, considera o prefeito.


A tarifa é atualizada todo ano, como prevê o contrato de permissão com a Piracicabana. A correção se baseia na elevação de custos de combustível, lubrificantes, peças, acessórios e folha de pagamento.


Menos passageiros
A Prefeitura ressalta que o maior impacto na atualização da tarifa está relacionado à redução do número de passageiros pagantes transportados. A partir da pandemia de covid-19, o transporte coletivo perdeu viajantes, e a queda ainda não se reverteu.


De acordo com a Prefeitura, antes da pandemia, o número de usuários chegou a 3,2 milhões de passageiros por mês. No ano passado, eram 1,5 milhão de pagantes mensais.


Segundo o prefeito, a queda se deveu também a fatores como o home office, a expansão da malha cicloviária, a existência de transporte por aplicativos e do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que desafogam o sistema de ônibus.


Não há planos para estender a gratuidade da passagem para idosos de 60 a 64 anos — em Santos, vale dos 65 em diante. Rogério Santos diz contatar os governos Federal e Estadual em busca de mais verba para manter a tarifa do transporte coletivo.


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