Reabertura de templos religiosos é solicitada em Santos

Conselho enviou pedido para o prefeito Paulo Alexandre Barbosa

Por: Rosana Rife  -  20/05/20  -  12:49
Vice-presidente do Copemes, Eric Vianna defende a retomada dos cultos
Vice-presidente do Copemes, Eric Vianna defende a retomada dos cultos   Foto: Alexsander Ferraz/AT

O Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos de Santos (Copemes) apresentou um manifesto ao prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), pedindo a reabertura dos templos na Cidade para a realização de cultos. O órgão lembra o papel social de entidades religiosas nesse momento de pandemia do novo coronavírus. O conselho representa mais de 100 igrejas evangélicas na Cidade.


No documento, os representantes informam que, se receberem um sim da Administração Municipal, adotarão critérios e regras específicas para evitar a propagação do vírus.


Entre as medidas anunciadas ao Município, estão lotação máxima de 30% da capacidade do templo, distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os assentos, uso obrigatório de máscaras, disponibilidade de álcool em gel para os fiéis, aferição de temperatura e restrição de participação de pessoas com sintomas ou integrantes do grupo de risco. 


O objetivo do Copemes é que a Cidade elabore decreto que classifique as igrejas como atividade essencial. Na justificativa, a entidade cita medidas semelhantes adotadas em estados como Goiás e Santa Catarina.


“Na cidade de São Paulo, a retomada dos cultos com 30% da capacidade dos templos começou no último domingo, com as mesmas regras que apresentamos. A gente acha importante, pois a assistência religiosa é um dos temas mais buscados no Google. As pessoas têm problemas por conta da quarentena e buscam um lugar para orar e exercer sua fé”, informa o pastor e vice-presidente do Copemes, Eric Vianna.


Estudo


Na mesma proposta, a entidade apresenta à Prefeitura pesquisa recente realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontando que o número de casos de depressão teria praticamente dobrado desde o início da quarentena, passando de 4,01% para 8%. 


“A gente observou o surgimento de algumas doenças que são paralelas à situação que do que estamos vivendo, por conta das restrições de acesso e das perda de renda e de convívio com familiares. Isso tem acentuado questões como depressão, ansiedade e as pessoas recorrem à igreja como amparo”, diz o secretário do Conselho de Pastores, Marcos Libório.


Ele explica que a iniciativa é uma forma de manter o apoio aos fiéis que buscam ajuda emocional e espiritual nas igrejas. Os templos estão fechados em Santos desde de 20 de março, quando foi decretado estado de emergência na Cidade por conta da covid-19. Atualmente ocorrem apenas cultos de forma on-line.


“Há o respeito à lei, mas nesse momento entendemos a necessidade de reabertura dos templos com 30% da capacidade e todo mundo está esperando o posicionamento do Poder Público”, acrescenta Libório. 


Resposta


Procurada por A Tribuna, a Prefeitura de Santos informa que, no momento, permanecem em vigor as medidas restritivas adotadas na Cidade desde o final de março, devido à necessidade de isolamento social por conta do novo coronavírus.


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