Projeto Adote uma Praça, em Santos, tem 18 pontos acolhidos pela iniciativa privada

Total representa menos de 10% dos espaços, mas, hoje, há mais adesão ao projeto

Por: Bruno Guedes  -  29/11/18  -  15:45
Praça Coração de Maria, na Ponta da Praia, é uma das que são atendidas pela iniciativa da Prefeitura
Praça Coração de Maria, na Ponta da Praia, é uma das que são atendidas pela iniciativa da Prefeitura   Foto: Rogério Soares/AT

Quase três décadas após ser criado, o programa Adote uma Praça, rebatizado de Cidade Verde pela atual Administração, tem 18 das 208 praças de Santos acolhidas e mantidas pela iniciativa privada. Na ação, que busca gerar economia aos cofres municipais e engajamento na conservação de áreas públicas, ainda entram dois canteiros centrais de avenidas cuja manutenção também está sob responsabilidade de empresas.


Os números alcançados pelo Cidade Verde representam menos de 10% dos logradouros, mas atingem patamar mais expressivo do que nas primeiras duas décadas.


Pela iniciativa, empresas e entidades se responsabilizam por reformar e manter os espaços que adotaram e, em troca, instalam placas como forma de divulgar suas marcas e promover sua ação de responsabilidade social. Os locais contemplados estão nos bairros Ponta da Praia, Aparecida, Embaré, Gonzaga, Vila Mathias, Jabaquara, José Menino, Centro, Castelo, Santa Maria e Morro Nova Cintra.


Segundo Sérgio Bonavides, assessor técnico da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, a reformulação do programa em 2016, por meio da Lei 3.262, criou padrões e exigências que permitiram dar mais êxito à ação. Entre as obrigações das empresas, aprovadas por edital, para a adoção de logradouros estão a manutenção mensal e o envio de relatório para a Prefeitura do que vem sendo feito.


“O trabalho realizado desde 1990, com o transcorrer dos anos, foi sendo esvaziado. Foi preciso envolver diversos setores da Prefeitura para reformular a ideia e fazer tudo com muito cuidado para poder vingar”, afirma.


Conforme Bonavides, a expansão do programa continuará por meio de novos editais de chamamento. Porém, a Prefeitura informou ainda não ter data para lançar outra seleção para a adoção de praças. A inclusão de canteiros de avenidas criou a possibilidade de incluir as vias públicas na ideia.


Cuidado e envolvimento


No primeiro edital, as empresas classificadas para a adoção dos logradouros públicos se comprometeram a mantê-las por dois anos.


A Praça dos Expedicionários, na confluência das avenidas Ana Costa e Francisco Glicério, no Gonzaga, foi adotada e revitalizada pela MSC e pelo seu braço logístico, a Medlog. A iniciativa é fruto da adesão da companhia à agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) implementada ano passado, com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.


“A praça estava com aspecto de abandono. Por ser próximo à empresa, nós a escolhemos”, conta a advogada da MSC, Fabiana Saueia. A ação foi coordenada pelo setor de Responsabilidade Social e pelo Comitê Verde da empresa.


Reinaugurado em junho, o local recebeu manutenção da mureta do canteiro, piso tátil (para deficientes visuais), instalação e pintura de bancos, limpeza do gramado e plantação de mudas, esta realizada pelos funcionários da companhia.


Uma manutenção quinzenal, realizada por empresa terceirizada pela MSC, mantém a praça em ordem. Segundo Fabiana, foi preciso fazer uma campanha de conscientização com moradores e comerciantes do entorno, bem como de pessoas que trabalham nas proximidades, sobre a importância de conservar o local em boas condições.


“É interessante que os próprios colaboradores da empresa a adotaram para si, passaram a monitorar as condições do local, reportar qualquer problema. Criamos como consequência a cultura do pertencimento e conseguimos promover a natureza no meio urbano”, diz.


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