Moradores da Ponta da Praia, em Santos, estão preocupados com a situação de uma piscina em um imóvel sanitariamente abandonado há semanas. O quarteirão, ao redor da Rua Vereador Rocha e Silva, conta com um histórico de vítimas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
A moradora Elaine Antunes, de 61 anos, comentou o caso. "Do jeito que está afeta todo mundo. No passado, minha neta pegou Chikungunya por conta disso, a nossa rua ficou infestada. A gente tem um grupo da comunidade e está sempre se ajudando, mas pelo jeito vai voltar tudo de novo, né", relata.
"Já passei a conversar o ex-proprietário da casa, aí ele passou o telefone do homem que comprou. A casa está abandonada. A gente que fica limpando aquela frente e tirando galho de árvore, porque está difícil", conclui.
Aroldo Moretti, de 40 anos, é vizinho da casa ao lado do imóvel e também relata dificuldades. "Total falta de respeito com a gente. É um acumulo de sujeira, tem venda de droga na frente, ratos, baratas, assaltos... Eu mesmo, as vezes vou lá, jogo cloro e limpo a área. Contratei do meu bolso um guarda de rua para observar e dar uma sensação de segurança", comenta.
Por meio de nota, a Prefeitura de Santos informou que o imóvel está sob a responsabilidade de uma imobiliária para venda ou aluguel. Explicou ainda que o tratamento biológico com os peixes larvófagos foi renovado no dia 2 de março, data em que foi realizado o 'Mutirão Ponta da Praia - parte 2'. E finaliza, garantindo que na próxima semana o local será monitorado pela equipe de agentes de combate a endemias responsável pela área.