Pesquisa e tecnologia: um parque de oportunidades

Parque Tecnológico de Santos ganha apelo

Por: Da Redação  -  06/09/20  -  14:05
Construção da nova sede envolveu investimento de R$ 7,9 milhões: espaço servirá como hub de inovação
Construção da nova sede envolveu investimento de R$ 7,9 milhões: espaço servirá como hub de inovação   Foto: Alexsander Ferraz

A formatação de um parque tecnológico na região é algo que agrada aos profissionais que militam na área de Petróleo e Gás. Um espaço com inventivo à pesquisa e inovações tecnológicas, capaz de render frutos bastante interessantes. Por isso, o futuro Parque Tecnológico de Santos ganha especial atenção.


Na esquina das ruas da Constituição e Henrique Porchat, na Vila Nova, a obra civil terminou em maio, mas foi entregue em 13 de agosto porque estava aguardava o AVCB dos Bombeiros - processo burocrático e de vistoria prejudicado pela pandemia.


“Minha sugestão: poucos municípios no Estado, e se você olhar, em outros estados da União, poucos têm parque tecnológico. Vamos aproveitar essa vantagem competitiva de Santos”, pede o consultor José Roberto dos Santos, da GeoBrasilis.


A construção da nova sede envolveu investimento de R$ 7,9 milhões, oriundos de convênio da Prefeitura de Santos com a Secretaria Estadual Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, e R$ 11,9 milhões da empresa Ecoporto, por meio de termo de medidas compensatórias (Trimmc) com a Prefeitura, a quem pertence o projeto.


O edifício tem 7,2 mil m² de área construída. No térreo, ficam o estacionamento, a recepção e a área de eventos; no 1º pavimento, estacionamento de motos e bicicletas e academia de ginástica; do 2º ao 4º, salas de coworking e também as privativas; e no 5º, auditório, café e uma área de eventos. No 6º, funcionarão a administração da Fundação Parque Tecnológico de Santos e laboratórios; o 7º será reserva técnica para expansão.


O objeto da Prefeitura e da Fundação Parque Tecnológico de Santos (FPTS) é que a ocupação comporte empresas demandantes de serviços tecnológicos (Capital Venture), empreendedores, laboratório de logística e mobilidade, instituições de ensino, startups, etc.


A questão CTBS


Diretor-técnico da FPTS, José Antonio Oliveira de Rezende trabalha no planejamento do Centro Tecnológico da Baixada santista. (CTBS). “Ele já conta com projeto executivo pronto, aprovado pela Prefeitura, inclusive de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) já que vai ser um prédio a ser preparado para pesquisas ligadas a petróleo e gás especificamente”, conta.


A iniciativa teria a participação da Petrobras. Porém, de acordo com o gerente da estatal, José Ricardo Lafraia, houve uma mudança de planos por parte da companhia.


“Tínhamos a oportunidade de ter um laboratório de alta tecnologia, estávamos com a verba aprovada na época. Não conseguimos realizar este investimento, por uma questão de acordo de modelo de negócio, e essa verba acabou destinada para outra iniciativa mais importante. Agora, vai ter que disputar novamente, internamente, a atratividade desse projeto”.


Para Rezende, mesmo sem a estatal, o CTBS vai decolar. “A gente entende que não lidamos só com a Petrobras, mas outras empresas que estão comprando blocos são potenciais interessados em utilizar essa verba no projeto da região. Isso deixaria São Paulo em pé de igualdade com outros estados”.


Alternativa


Enquanto essa “decolagem” não acontece, Rezende faz uma análise promissora do setor de Petróleo e Gás e áreas correlatas que possam se beneficiar desse ramo de atividade.


“Temos expertise suficiente, um nível cultural bom. Temos empresas já estabelecidas que trabalham com simulações, o desenvolvimento de soluções tecnológicas nas áreas de logística e mobilidade. Empresas que também desenvolvem soluções no desenvolvimento de softwares. Isso sem falar nas facilidades de ter apoio do governo do Estado e do município, com inventivos fiscais, para que empresas se instalem na nossa região, desde atreladas à tecnologia”.


Logo A Tribuna
Newsletter