Parentes lamentam furtos de peças de túmulos no Saboó

Alguns jazigos do Cemitério da Filosofia ficaram sem objetos de bronze

Por: Júnior Batista & Da Redação &  -  07/01/20  -  10:05
Alguns jazigos do Cemitério da Filosofia ficaram sem objetos de bronze
Alguns jazigos do Cemitério da Filosofia ficaram sem objetos de bronze   Foto: Alexsander Ferraz

Se não bastasse a tristeza de ter perdido um ente querido, a aposentada Vera Elizabeth Ferreira de Moura, de 65 anos, está tendo de lidar com o furto de peças do jazigo de sua família, no Cemitério da Filosofia, no Saboó em Santos.


No último dia 29, ladrões levaram peças de cobre e, até, as fotos e o letreiro do túmulo onde estão os restos mortais do pai dela, José Maria de Moraes Moura, da mãe, Maria Ferreira de Moura, e da tia, Norma Ferreira Abrantes. “Meu pai está enterrado lá há mais de 20 anos, nunca tive problema. E, agora, descubro isso. É uma vergonha.”


Segundo ela, o local está sem guardas à noite e, desde novembro, ela tem observado depredações em outros jazigos. “Infelizmente, o local está abandonado. Há poucos funcionários, nenhuma segurança”, diz.


A Tribuna foi ao cemitério no último dia 3 e não viu guardas civis municipais: apenas dois funcionários de limpeza. Havia muitos jazigos depredados, com fotos ou letras faltando.


Outro lado


Em nota, a Prefeitura de Santos informa que faz patrulhamentos preventivos, 24 horas, nos três cemitérios municipais — há também os do Paquetá e da Areia Branca.


A Administração diz usar as câmeras do Sistema Informatizado de Monitoramento (SIM) também para flagrar possíveis furtos. Há 1.226 câmeras na Cidade, acompanhadas por guardas, Polícia Militar e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).


Conforme a Prefeitura, os três cemitérios têm câmeras de monitoramento ligadas ao SIM. Os telefones para denúncias são 153 e 0800-177-766.


Apesar dessas explicações, a Prefeitura não informou que andamento deu à reclamação de Vera Ferreira. Também não deixou claro se há guarda fixa no Cemitério da Filosofia durante a noite, cuja ausência foi apontada pela aposentada.


A Reportagem ainda pediu, mas não recebeu até o fechamento desta edição, estatísticas de furtos naquele cemitério.


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