Outeiro de Santa Catarina passará por obras de recuperação

Imóvel com mais de 400 anos de história será reformulado em até oito meses; serviço é estimado em R$ 3,2 milhões

Por: Eduardo Brandão  -  23/01/20  -  19:52
Imóvel apresenta diversos problemas estruturais e passará por amplo trabalho de recuperação
Imóvel apresenta diversos problemas estruturais e passará por amplo trabalho de recuperação   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

"Outeiro vai desaparecendo lentamente". Desta forma, A Tribuna noticiava, em 1978, o precário estado de conservação do marco do nascimento da cidade. Quase 40 anos depois – e algumas intervenções posteriores, porém, sem sucesso –, o Outeiro de Santa Catarina, no Centro Histórico, pode virar a página do atual cenário de degradação e abandono. Ao custo de R$ 3,2 milhões, a prefeitura promete iniciar as obras de recuperação do espaço nos próximos dias.


A intervenção no local foi incluída na programação oficial dos 474 anos de fundação da cidade, celebrado no próximo domingo (26). A reforma na histórica construção ficou assegurada por meio de um Termo de Responsabilidade de Implantação de Medidas Mitigadoras ou Compensatórias (Trimmc) com uma empresa portuária. A prefeitura promete a entrega do espaço reformulado em até oito meses.


O acordo de R$ 9 milhões será em compensação a um novo terminal da empresa na Ilha Barnabé. Além da remodelação no Outeiro, a contrapartida vai arcar com a construção e climatização de uma escola no Caruara, na Área Continental, a reurbanização da Rua Toletino Filgueiras, no Gonzaga, e melhorias na acessibilidade do Jardim Botânico Chico Mendes, dentro do Programa Parques Acessíveis.


Segundo a prefeitura, haverá a restauração das características arquitetônicas e decorativas externas, melhorias na acessibilidade nos edifícios e atualização das instalações elétricas e hidráulicas no Outeiro. No lado externo do imóvel, será instalada iluminação cenográfica e sistema de monitoramento.


Novo Centro Velho


A reforma faz parte do programa Novo Centro Velho, que prevê um conjunto de serviços de restauro avaliado em R$ 44 milhões. O montante envolve reformas no Teatro Guarany, Casa do Trem Bélico, Casa da Frontaria Azulejada, Armazém de Bagagens, Rodoviária, Teatro Coliseu, Arquivo Histórico Municipal e escadarias do Monte Serrat e do Mosteiro do São Bento.


O arquiteto e chefe do Departamento de Obras da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Edificações,Ronald do Couto Santos, destaca a importância da restauração. "O projeto, de autoria do arquiteto Ney Caldatto, é compatível com a grande importância do equipamento, tido como marco inicial de Santos. Após o restauro, a cidade terá ali um espaço requalificado, no nível do que se espera para o novo Centro".


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